Segundo informações da jovem ao site G1 Acre, ela acredita que houve negligência médica na administração dos antibióticos para tratar de uma pneumonia, uma vez que os profissionais viram que ele começou a ficar inchado e que tinha parado de urinar.
“Falaram que era por causa dos remédios, do soro, mas não. Era a infecção tomando conta dele. Ali (no Hospital da Criança) é um descaso total […] ele estava bem quando nós internamos, até o cálcio dele estava bom, mesmo sem tomar o medicamento”, contou.
‘A gente sabe, mãezinha’
Gael, que era filho único, sofreu algumas paradas cardíacas um dia antes de morrer (15), mas conseguiu voltar à vida. No entanto, no dia seguinte, as paradas foram fatais. Além disto, Francisca relatou que o filho teve o braço quebrado em uma das retiradas de sangue. “A gente explicava como era para pegar (no braço do Gael), mas diziam: ‘A gente sabe, mãezinha’. Sabiam tanto que machucaram ele”, falou.
A mãe, que também possui osteogenesis imperfeita, diz que foi pegar o prontuário médico do filho no Hospital para poder processar a unidade de saúde por negligência. Segundo ela, deram sete dias até ficar pronto.
“Meu filho estava bem, só foi para tomar uma medicação e saiu morto. Só eu e minha família sabemos como está sendo doloroso, porque o Gael era uma criança que tinha vontade de viver, não tinha nada além dos problemas nos ossos”.
Osteogenesis imperfeita
Quem tem a doença rara conhecida por “ossos de viro”, apresentam estrutura corporal menor, possuem maiores riscos de fraturas. Ou seja, os ossos acabam quebrando com maior facilidade. Ela pode ser congênita, o que foi o caso da mãe e do bebê. Ambos também apresentam o tipo 3 da doença, onde o paciente dificilmente consegue andar.
A causa, por sua vez, é uma deficiência na produção de proteínas ou de colágeno do tipo 1 que é o principal na constituição dos ossos do corpo. É importante pontuar também que ainda não existe cura para esta condição.
*Com informações de Aline Nascimento, do G1 AC.