Aziz também pediu que um advogado de Hang, que se envolveu em discussão com o senador Rogério Carvalho (PT-SE), deixasse a sessão.
A sessão começou tumultuada e se manteve tensa durante todo o tempo até a suspensão.
Antes do depoimento, Omar Aziz perguntou a Hang se ele se comprometeria a dizer a verdade. A defesa do empresário, então, respondeu que ele não deveria se comprometer por estar na condição de investigado, não de testemunha.
Em sua fala inicial, Hang mostrou, com autorização de Omar, um vídeo sobre sua empresa. Senadores protestaram e argumentaram que se tratava de propaganda. Disseram também que o vídeo não tinha relação com nenhum assunto de interesse da CPI.
Depois de algumas discussões entre os senadores sobre o vídeo e também sobre como deveria ser feita a sessão, a palavra passou para o relator, Renan Calheiros (MDB-AL).
Renan leu um texto em que disse que, ao longo de toda a história, governos sempre tiveram um “bobo da corte”. O relator prosseguiu com as metáforas e alusões a circos. Ele falou em “malabaristas da milícia”, “marionetes do crime”. Por fim, disse que só restou o “globo da morte”, em referência aos quase 600 mil mortos da pandemia.
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, que não costuma frequentar as sessões da CPI, saiu em defesa de Hang. Disse que Renan estava chamando o empresário de “bobo da corte”. Renan disse que estava lendo um texto e que não ofendeu ninguém.