Primeiro Comando da Capital (PCC)
O grupo nasceu no dia 13 de agosto de 1993, quando oito prisioneiros fundaram a facção na Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté, no Vale do Paraíba. Hoje é uma das maiores organizações criminosas do Brasil.
O PCC atua principalmente em São Paulo, mas já estendeu suas operações por todo o Brasil, inclusive para outros países da América do Sul, como Paraguai e Bolívia. De acordo com Ministério Público do Estado de São Paulo, em texto assinado por Josmar Jozino, a facção atualmente tem 112 mil membros: 12 líderes, mil dirigentes, mil soldados e 10 mil associados.
Comando Vermelho (CV)
Apesar de mais velho do que o PCC, o Comando Vermelho hoje é menor do que o grupo paulista. No entanto, ambas as facções estão em uma “disputa territorial” nos presídios brasileiros. O CV foi fundado no presídio Cândido Mendes, na Ilha Grande, no Rio de Janeiro, ainda nos anos 1970 – mais precisamente em 1979.
No começo, ele era formado por presos comuns e militantes armados que combatiam o regime militar durante a ditadura brasileira. A virada para o grupo foi a entrada do Brasil na rota da cocaína, já no início da década de 1980. O tráfico aumentou o poder aquisitivo da facção e possibilitou a aquisição de um armamento pesado à época.
Família do Norte (FDN)
Maior facção do Amazonas e a terceira do Brasil, a Família do Norte ganhou destaque em veículos nacionais de imprensa, principalmente a partir de 2016, após supostas rixas internas – e externas – serem o estopim de massacres em presídios no Norte do país.
A FDN é resultado da união de dois traficantes, Gelson Lima Carnaúba, o Gê, e José Roberto Barbosa, o Zé Roberto da Compensa. Segundo a Polícia Federal, quando ambos voltaram a Manaus, em 2006, depois de cumprirem pena, eles resolveram se estruturar como uma facção criminosa. A Família do Norte chegou, inclusive, ser aliada do Comando Vermelho.
Guardiões do Estado (GDE)
Segundo a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), o grupo nasceu de forma desordenada no Ceará, mas é “muito forte” e “domina os maiores bairros de Fortaleza”. Estima-se que a facção seja formada por 25 mil membros.
Segundo o promotor de Justiça, Rinaldo Janja, em entrevista divulgada pelo jornal cearense “O POVO”, o GDE tem sofrido um processo de enfraquecimento à medida em que o CV cresce no estado. “Uma ficou fortalecida porque nós focamos o trabalho em relação à outra e colocou a cabeça de fora, ficou mais forte. Mas, independentemente disso, o trabalho está sendo realizado”, disse Janja à publicação – sem citar os nomes das organizações.
Nova Okaida
Com seis mil membros na Paraíba, segundo o site da “BBC Brasil”, o grupo é formado por jovens e gosta de se autopromover nas redes sociais. Segundo investigações do Ministério Público da Paraíba, a facção, inclusive, já estendeu suas operações para o Pernambuco.
O gosto pela exposição é tão grande que, em outubro de 2018, ou seja, há três anos, integrantes da facção promoveram queimas de fogos para celebrar o aniversário da organização em algumas das principais cidades da Paraíba, como a capital João Pessoa e Campina Grande – conhecida por sediar a “Festa de São do João do mundo”. Os vídeos da comemoração foram vastamente divulgados nas redes sociais e no YouTube.