Em outubro de 1717, os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves estavam encarregados de garantir os peixes para a visita do Conde de Assumar, o então governador da província de São Paulo. Na pesca sem sucesso, acabaram recolhendo a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida das águas do rio Paraíba.
Ao jogar a rede pela primeira vez, recolheram o corpo da imagem, já na segunda tentativa, recolheram a cabeça da figura e a partir deste momento, a pesca se tornou um sucesso. Um dos pescadores abrigou a imagem em sua casa por 15 anos, onde recebia diversas pessoas para rezas e novenários
Em 1745 foi inaugurada a primeira capela e em 1842 foi iniciada a construção de um templo, inaugurado em 8 de dezembro de 1888, sendo elevado a Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida em 1893. Em 1930, Pio XI a declarou e proclamou “Rainha e Padroeira do Brasil”.
Nos primeiros anos após o aparecimento da imagem no rio Paraíba, a Santa realizou os seis milagres mais conhecidos e reconhecidos pelo Vaticano: Milagre das Velas; Caem as Correntes; A menina cega; Menino no rio; Cavaleiro sem fé e o Caçador.
Milagre das Velas
Em uma noite de reza, duas velas que iluminavam a Santa se apagaram repentinamente, causando espanto entre os devotos, que dentre eles, uma senhora quis acender novamente, mas não chegou a tentar, pois elas acenderam por si mesma. Este ficou conhecido como o primeiro milagre de Nossa Senhora.
Caem as Correntes
Um escravizado chamado Zacarias, em meados de 1850, estava preso por correntes e ao passar pelo Santuário, pede permissão para rezar à Nossa Senhora Aparecida. Após a autorização, o escravizado se ajoelha e reza, e milagrosamente, as correntes se soltaram, deixando Zacarias livre.
A menina cega
Mãe e filha caminhavam às margens do rio Paraíba, quando a menina cega de nascença comenta surpresa com a mãe: “Mãe, como é linda esta igreja”, apontando para a Basílica Velha.
Menino no rio
Pai e filho foram pescar e durante a pescaria a correnteza estava muito forte e por um descuido o menino caiu no rio e não sabia nadar, a correnteza o arrastava cada vez mais rápido. O pai desesperado pede à Nossa Senhora Aparecida para salvar o filho, e de repente o corpo do menino para de ser arrastado.
Cavaleiro sem fé
Um cavaleiro estava passando por Aparecida (SP), a caminho de Minas Gerais, viu a fé dos romeiros e começou a zombar dizendo que aquilo era uma bobagem, e tentou entrar na igreja à cavalo, mas não conseguiu pois seu cavalo ficou preso na pedra da escadaria da Basílica Velha. Arrependido, o cavaleiro entrou na igreja pedindo perdão e viu seu cavalo ser solto da pedra.
O caçador
Um homem estava voltando da caçada sem munição, de repente se depara com uma onça enorme e se viu encurralado, pois a onça estava prestes a atacar, então o caçador pede desesperado a Nossa Senhora Aparecida por sua vida. Após isso, a onça vira e vai embora.
Museu de Aparecida
Um museu dedicado à Nossa Senhora Aparecida, localizado na torre do Santuário Nacional, em Aparecida (SP), guarda prova de dois dos milagres feitos pela Santa: a corrente de Zacarias e a pedra com a marca da ferradura do cavalo, ambos expostos no acervo no primeiro andar do museu.
Os objetos foram levados ao museu em 2005 após reforma feita no local, anteriormente ficavam na Sala de Promessas do Santuário. Os itens, de importância para a fé cristã, ficam expostos na mostra permanente chamada “Rainha dos Céus, Mãe dos Homens: Aparecida do Brasil”, que conta a história de Nossa Senhora.
O Santuário de Nossa Senhora Aparecida é o maior santuário mariano do mundo e recebe em média 12 milhões de pessoas por ano e já foi visitado por três papas: João Paulo II, que visitou o Santuário Nacional em 4 de julho de 1980, nessa ocasião, não só Aparecida, mas o Brasil recebeu a visita de um Papa pela primeira vez. Bento XVI visitou Aparecida 27 anos depois, nos dias 12 e 13 de maio de 2007. Francisco visitou Aparecida em julho de 2013, que veio ao Brasil por causa da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro e escolheu um dia para visitar o Santuário Nacional.