Com isso, Maurílio e outros oito servidores públicos de alto escalão devem responder criminalmente por crimes como organização criminosa, falsidade ideológica, peculato, emprego irregular de verbas ou rendas públicas e lavagem/ocultação de valores. As irregularidades teriam ocorrido no executivo municipal no exercício de 2019/2020.
As investigações da Operação “Dark Money”, deflagrada em setembro deste ano, realizadas pela Polícia Civil com informações do Laboratório de Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), apontam que foi criada em Maracaju uma conta bancária de fachada, por onde eram feitos pagamentos em cheques a empresas, por integrantes do alto escalão da prefeitura.
As empresas beneficiadas não mantinham relação jurídica com o município e não havia emissão de notas fiscais. Além disso, os valores não eram submetidos a empenho de despesas pela prefeitura. Em menos de 1 ano foram feitos, de acordo com o Dracco, mais de 150 repasses e emitidos 600 cheques que totalizaram R$ 23 milhões.
As investigações apontam, entretanto, que a parte das empresas investigadas poderiam ter sido na realidade vítimas da organização criminosa, na medida em que os títulos de crédito emitidos foram endossados mediante a falsificação da assinatura do responsável pela empresa, bem como o carimbo da mesma.
A próxima fase da agora ação penal via processo é a citação dos réus para apresentarem defesa.