Cinquenta animais, entre cachorros e gatos, devem ser colocados para adoção após o professor universitário Ângelo de Oliveira, de 51 anos, ter sido morto com marteladas na cabeça enquanto dormia no último sábado (16). O principal suspeito do crime é o filho dele, um jovem de 17 anos. O caso segue em segredo de justiça.
No boletim de ocorrência, é relatado que o corpo de Ângelo foi encontrado sob a cama com muito sangue na área da cabeça. O professor dormia no momento em que foi atacado e foi golpeado com marteladas.
O principal suspeito de cometer o crime, é o filho de Ângelo. A mãe do adolescente contou à polícia que passava por um processo de separação com Ângelo. Por conta disso, as brigas entre o casal eram constantes e o filho sempre presenciava
Ao g1, o advogado da família, José Cláudio Nogueira, contou que 50 animais, sendo 10 cachorros e 40 gatos eram cuidados pelo professor e viviam na casa dele, onde foi morto. Cerca de oito gatos já foram adotados. Os demais provavelmente também entrarão para adoção.
Ainda de acordo com o advogado, no sítio de Ângelo há mais cachorros e gatos. Ele não soube informar a quantidade, mas disse que eles estão sob cuidados de uma ONG.
Família emocionalmente abalada
Martelo utilizado para matar o professor universitário Ângelo de Oliveira — Foto: arquivo pessoal
No boletim de ocorrência, o adolescente disse ao policiais que as brigas dos pais, por conta do processo de separação, se tornaram insustentáveis e, por este motivo, após uma delas, esperou o pai dormir e o atacou com vários golpes de martelo na cabeça. O menor foi apreendido em flagrante pela polícia.
O advogado destacou que a família está abalada emocionalmente. “O caso dessa tragédia, só vai entender quem convivia com a família. E é a justiça que vai ter acesso a tudo. A família está sem condições de dar entrevistas e como o caso está em segredo de justiça, não posso falar muita coisa”.
O filho do professor está apreendido no centro provisório do menor, desde o último sábado (16). José Cláudio Nogueira também explicou que o adolescente recebia acompanhamento psiquiátrico e psicológico.
“Segundo a mãe do menor, ele tem laudos, psicológicos e psiquiátricos que dão conta que o infrator tem problemas de saúde. Tudo isso será objeto do processo judicial”, disse o advogado.
Após o crime, a Universidade Federal de Rondônia (Unir), divulgou uma nota de pesar lamentando a morte do mestre.
“Este momento de pesar, é de grande consternação de toda a comunidade da Universidade Federal de Rondônia, também se converte em um momento de reflexão e de solidariedade à família, e de manutenção da constante necessidade de acolhimento e empatia”, consta na nota.
Segundo a instituição, Ângelo vinha do curso de matemática e começou a atuar como colaborador em 2010, no campus de Ji-Paraná (RO). Somente em 2014 ele ingressou no departamento de Ciências da Computação no campus Porto Velho.