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Variante Delta da Covid-19 se torna predominante no Amazonas, aponta Fiocruz

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Movimentação de consumidores no centro de Manaus (AM), após retomada parcial do comércio, neste sábado, 27 de fevereiro de 2021. — Foto: Aguilar Abecassis/Photopress/Estadão Conteúdo

A variante Delta da Covid-19 se tornou predominante no Amazonas, e corresponde a cerca de 89% dos casos da doença no estado, de acordo com estudo do Instituto Leônidas Maria Deane – Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Amazônia).

Nesta quarta-feira (27), a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) e a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-RCP) emitiram um comunidade de risco aos municípios sobre a predominância da variante. O estudo da Fiocruz Amazônia foi publicado nessa terça-feira (26).

O comunicado informa que, a partir de novos resultados de exames de RT-PCR, amostras foram submetidas ao sequenciamento pela Fiocruz Amazônia, resultando em 173 novas amostras confirmadas para a Delta, e 2 amostras confirmadas para a Variante de Interesse (VOI) Mu.

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No total, segundo o documento, foram detectados 197 casos de Delta e 4 casos da Mu no Amazonas, demonstrando maior frequência da variante Delta (89%), sobretudo em Manaus.

No último alerta emitido, no dia 28 de setembro deste ano, a Fiocruz Amazônia indicava o total de 24 casos de Delta no estado.

Diante do novo cenário, o documento do governo orienta para recomendações a serem seguidas pela rede pública de saúde, dentre os quais o fortalecimento da vigilância ativa e intensificação da vacinação.

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Distribuição das variantes nas cidades

A partir dos novos resultados, a distribuição dos casos da variante Delta no Amazonas é a seguinte: Manaus (176), Parintins (13), Maués (3), Manacapuru (2), Fonte Boa (1), Itacoatiara (1) e São Paulo de Olivença (1).

Com relação à Variante de Interesse (VOI) Mu, esta foi primeiramente encontrada na cidade de Tabatinga (a 1.108 quilômetros da capital), em agosto de 2021. Foram três casos confirmados em Tabatinga, em agosto, e um em Manaus, em setembro.

Período investigado

Segundo a Fiocruz Amazônia, o estudo analisa os genomas das amostras coletadas no período de julho a outubro de 2021.

Conforme o estudo, realizado pelo coordenador da Vigilância Genômica do laboratório de referência da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca, a frequência da variante Delta aumentou progressivamente no período estudado, saindo de 1% dos casos em julho, saltando para 6% em agosto, 40% em setembro e chegando a 89% dos casos na primeira quinzena de outubro.

“Os números mostram um claro aumento da frequência de Delta no Amazonas, que passou a ser dominante, substituindo a linhagem Gama (P1), em aproximadamente dois meses desde a sua primeira detecção no estado, na data de 21 de julho”, destaca o pesquisador.

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Apesar disso, conforme observado por Naveca, a substituição da variante Gama pela Delta não foi acompanhada de aumento no número de casos confirmados de Covid-19 notificados no Amazonas.

A diretora-presidente interina da FVS-RCP, Adriana Elias, destaca que o atual cenário epidemiológico da Covid-19 no Amazonas sugere que o avanço da vacinação contra a infecção no estado está impedindo um novo aumento de casos confirmados da doença, mesmo na presença da variante Delta com transmissão comunitária (ocorrência de casos sem vínculo a um caso confirmado).

A diretora-presidente interina acrescentou que também devem ser mantidas as demais medidas preventivas à infecção, como uso de máscara de proteção respiratória, higienização das mãos, distanciamento social e evitar aglomerações de pessoas.

Período chuvoso

A FVS alerta que o Amazonas se encontra em período de transição para o período chuvoso neste mês de outubro.

A ocorrência das chuvas constantes representa período de sazonalidade para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), síndrome respiratória infecciosa associada à Covid-19, que pode levar a complicações clínicas e internações hospitalares, podendo ser considerada uma complicação da síndrome gripal.

“A chegada do inverno amazônico e a proximidade das festas de fim de ano são momentos em que há tradicionalmente aglomeração de pessoas. Por isso, seguimos insistindo que é preciso continuar avançando com a vacinação contra Covid-19 para que não haja aumento exponencial de casos, em especial com a predominância da variante Delta”, alerta Adriana Elias.

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