CIDADES
Chuvas de outubro não tiraram rios do Acre de estado crítico
A consolidação do período chuvoso, que se deu no decorrer do mês de outubro, ainda não conseguiu reverter de maneira efetiva as baixas cotas que os principais rios acreanos atingiriam durante a estiagem.
O rio Acre, por exemplo, apesar de ter conseguido superar os 2 metros, não conseguiu sair do estado de Alerta Máximo de estiagem, cuja cota é de 2,69 metros. Nos últimos dias, os dados coletados a partir de Rio Branco têm mostrado uma constante oscilação de nível.
Neste sábado (30), o rio Acre registrou, às 6 horas da manhã, o nível de 2,16 metros contra 3,28 do dia anterior. A situação segue semelhante nas demais estações da bacia, exceto em Xapuri, onde a plataforma da Agência Nacional de Águas (ANA) apresenta falhas e não está produzindo os dados.
Um dado animador é que em Capixaba e Xapuri as médias climatológicas de chuva esperadas para o mês de outubro foram superadas. Capixaba (157 mm) chegou a 195,2 e Xapuri (138 mm) chegou 230,4 mm. Segundo a ANA, houve registro significativo de 36,2 mm de chuva nas últimas 24 horas.
Na bacia do Purus, de acordo com as cotas de monitoramento de estiagem do TerraMA², plataforma de monitoramento, análise e Alerta a extremos ambientais, o rio Iaco em Sena Madureira permanece em Alerta Máximo, sem registro significativo de chuva nas últimas 24 horas, segundo a ANA.
Na bacia do Juruá, as plataformas registraram redução de nível na leitura, exceto em Cruzeiro do Sul. De acordo com o TerraMa², o rio Juruá em Porto Walter permanece em Alerta Máximo. Segundo a ANA, não houve registro significativo de chuva nas últimas 24 horas nessa região.
O prognóstico do satélite NOAA/NCEP-GFS/USA indica previsão de chuva com volume acumulado na semana, até 3 de novembro, de até 50 mm para as regiões Oeste e Leste, indicando anomalia negativa, onde as chuvas poderão ficar abaixo do esperado para o período.
Com informações baseadas nos últimos dados divulgados pela sala de situação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Políticas Indígenas (Semapi).