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Rico em nutrientes, inhame é coringa para quem não consome produtos de origem animal

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Inhame veio da África para o Brasil, em navios portugueses que traziam pessoas escravizadas - Felipe Barra/ Embrapa

Ingrediente ancestral, originário da Ásia, o inhame é um coringa entre os veganos e os amantes de receitas saudáveis. Isso porque ele reúne diversos nutrientes fundamentais para a saúde e ainda possuí uma consistência cremosa, ótima para substituir alimentos processados em receitas doces e salgadas, como requeijão e creme de leite. Muito versátil, ele ainda pode ser usado cru na preparação de tortas e bolos.

O tubérculo tem origem na Índia, foi levado para a África e veio ao Brasil a bordo dos navios portugueses que chegavam ao Nordeste trazendo pessoas escravizadas. E é justamente nos estados da região que o alimento é mais comum porém, cada vez mais, ele tem conquistado paladares em diversos locais do país.

“Você pode utilizar em sucos, que é bom para a imunidade, e em receitas salgadas porque ele serve como um espessante por ter tem uma cremosidade natural. E tem algumas receitas de sobremesa a base é o inhame, nas quais você não percebe que aquilo não foi feito com creme de leite”, diz a chef de cozinha Marina Soares.

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“Ele é um tubérculo muito rico em fibras e sais minerais. Ele é rico em vitamina C, então ele ajuda na imunidade, e é um dos tubérculos que mais tem vitaminas do complexo B, que geralmente são encontrados em proteína animal.”

Quem também aposta no inhame como base das receitas é a cozinheira profissional Tereza Paim, que é especializada em culinária baiana, principalmente em pratos ligados aos terreiros de Candomblé. Para ela, a culinária afro-baiana é uma comida de resistência e a que mais está presente no imaginário coletivo quando se fala em alimentação e representatividade.

“Ele chegou aqui para o Brasil através dos africanos e dos portugueses, porque é um ingrediente resistente. Se você tem um inhame hoje plantado e já está no ponto de retirar, ele pode ficar mais um ano embaixo da terra sem problemas”, diz a cozinheira, que utiliza o inhame como base do vatapá, sua especialidade. “Cozinhou o inhame, botou castanha de caju, amendoim, camarão seco defumado, tritura tudo com cebola, o alho, leite de coco e dendê e tá feito seu vatapá”.

Quem quiser aproveitar esse ingrediente típico da culinária de resistência brasileira, pode conferir a receita de requeijão vegano da chef Marina. “É uma receita super versátil, muito simples e barata.

O requeijão pode ser usado para comer no pão ou na torrada ou na preparação de recheios. Ele dá cremosidade para imitar, por assim dizer, o famoso catupiry.”

Requeijão vegano

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Ingredientes

400 gramas de inhame cozinho.
Sumo de meio limão
1 colher de sopa de polvilho azedo
Temperos a gosto

Modo de preparo

Bata os inhames cozidos no liquidificador com um terço da água do cozimento, misturando o meio limão espremido e o polvilho azedo.

Dica: quem quiser um requeijão neutro, para consumir no dia a dia, pode colocar sal e um alho. Também é possível preparar pastas mais elaboradas, com azeitonas e ervas frescas.

 

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