GERAL
Acusados de matar jovem e jogar corpo no rio são condenados a mais de 60 anos no Acre
Dois homens acusados de participação na morte de João Eduardo Souza foram condenados a penas que, somadas, ultrapassam os 60 anos. O jovem foi retirado de casa no bairro Taquari, em Rio Branco, em setembro de 2019, e desde então, nunca mais foi visto. Após investigação, a polícia concluiu que ele foi assassinado e jogado no Rio Acre.
Entre os condenados estão Gleison Santos Espinosa e Moisés Inácio da Silva. Segundo denúncia do Ministério Público do Acre, a vítima foi levada de casa até um lugar de mata, onde passou por julgamento do ‘tribunal do crime’, por meio de conferência. O g1não conseguiu contato com a defesa dos réus.
Conforme o MP-AC, Espinosa e outros membros da facção teriam, após diversos questionamentos feitos à vítima por conferência, condenado Souza à morte, sendo ele, então, assassinado por Moisés e seus comparsas e depois jogado no rio.
O julgamento da dupla ocorreu na sexta-feira (5) na 1ª Vara do Tribunal do Júri e durou cerca de oito horas. Além dos réus, foram ouvidas cinco testemunhas, entre elas a mãe e a irmã da vítima.
Espinosa foi condenado a 33 anos e quatro meses e Silva a 29 anos e quatro meses, pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e por integrarem organização criminosa.
Moisés da Silva também é apontado como um dos participantes da morte da jovem Kesia Nascimento da Silva, de 20 anos, que também não teve o corpo achado. Ela sumiu no dia 28 de janeiro do ano passado e nunca mais foi encontrada.
Investigação
O relatório da polícia sobre as investigações aponta que a vítima estava em casa com a mãe, a irmã e uma criança quando cerca de três criminosos chegaram armados no local e passaram a agredi-lo. A mãe dele e as duas meninas se trancaram no banheiro com medo das ameaças, e após um tempo, eles levaram Souza da casa.
A mulher então passou a buscar pelo filho, mas não tinha nenhuma informação. Até que recebeu a notícia de que era para parar de procurá-lo, porque ele tinha sido morto e jogado no rio. Foi quando ela foi até a polícia e registrou o caso.
Interceptação telefônica nos aparelhos dos investigados mostrou conversas entre eles, nas quais Gleison Espinosa fala com a vítima antes dela ser morta na beira do rio. Foi então que a polícia concluiu, mesmo sem achar o corpo, que o jovem foi assassinado.