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POLÍCIA

Sargento conhecido por trisal que atirou em estudante em bar no AC já responde por morte de menino de 13 anos

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Além do homicídio, policial foi denunciado pelo MP por ter alterado a cena do crime para alegar que agiu em legítima defesa. Caso ocorreu em novembro de 2017 quando adolescente tentou furtar casa de Erisson Nery, em Rio Branco.

Preso por atirar em um estudante durante confusão em um bar no último sábado (27), em Epitaciolândia, no interior do Acre, o sargento da Polícia Militar, Erisson Nery, já responde a um processo por termatado um adolescente de 13 anos. O crime ocorreu em novembro de 2017 quando o menino tentou furtar casa do sargento, em Rio Branco.

Quatro anos após o crime, o policial ainda não foi julgado. Ele foi denunciado em julho de 2021 pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) pelos crimes de homicídio e fraude processual e a denúncia foi aceita um dia depois pela Justiça.

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O processo tramita na 1ª Vara do Tribunal do Júri. Além de Nery, o policial militar Ítalo Cordeiro também responde no processo por fraude processual. O g1 não conseguiu contato com a defesa de Nery até última atualização desta reportagem e o advogado de Cordeiro, Wellington Silva, diz que não vai se pronunciar no momento.

O sargento ficou conhecido nas redes sociais após assumir um trisal com a mulher, a também sargento da PM Alda Nery, e a administradora Darlene Oliveira. Os três moram na cidade de Brasileia e há alguns meses a sargento estava fazendo tratamento psicológico, quando o casal voltou a gerar polêmica ao surgir boatos de separação.

Conforme a denúncia, na manhã do dia 24 de novembro de 2017, Nery matou o adolescente Fernando de Jesus, de 13 anos, com pelo menos seis tiros, no intuito de “fazer justiça pelas próprias mãos”. O caso ocorreu no conjunto Canaã, bairro Areal.

O adolescente teria ido com outros dois homens, não identificados, furtar a casa do então cabo da Polícia Militar. E, ao perceberem a chegada de uma viatura da polícia, os dois maiores de idade conseguiram pular o muro e fugir, enquanto que Fernando de Jesus foi deixado para trás pelos comparsas e acabou morto pelo policial.

Alterou cena do crime, aponta MP

Após o homicídio, ainda segundo a denúncia, Nery e o colega Cordeiro alteraram a cena do crime, lavando tanto o corpo da vítima quanto os arredores do local onde estava caído, para poder alegar que agiu em legítima defesa.

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Os militares teriam ainda colocado a pistola na mão direita do adolescente e fotografado. E, antes da chegada da perícia, decidiram mover a arma a uma distância de cerca de 13 centímetros da mão do menino.

Depois da suposta alteração da cena do crime, o MP disse que ficou a cargo do militar Ítalo Cordeiro fazer o boletim de ocorrência alegando que o adolescente tentou disparar contra a cabeça de Nery, que agiu para se defender.

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