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POLÍCIA

Suspeito preso com documento falso é foragido do AC e deve R$ 3 mil para garagista desaparecido em MS

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Carlos, também conhecido como "alma", está desaparecido desde terça-feira (28) — Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução

Um dos três homens presos no sábado (4), no bairro Moreninhas, em Campo Grande, por suspeita de envolvimento no desaparecimento do garagista Carlos Reis de Medeiros, estava usando um documento falso. Depois de descobrir o verdadeiro nome do suspeito, a polícia identificou que ele tem dois mandados de prisão expedidos pela Justiça do Acre.

O garagista está desaparecido desde terça-feira (30), quando saiu de casa, no bairro Tiradentes, para trabalhar. No sábado, sua esposa prestou depoimento a polícia e revelou que o marido também era agiota e apontou três pessoas que deviam dinheiro a ele como suspeitos de participação no desaparecimento.

Dos três suspeitos citados pela mulher, dois foram presos pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar após denúncia anônima no bairro Moreninhas. Um deles é o homem que apresentou o documento falso.

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Após a polícia descobrir que o documento era falso, o suspeito disse que o comprou por R$ 500 de um desconhecido, na região do Camelódromo, no centro de Campo Grande, há quatro dias.

Ao ser questionado do motivo da documentação falsa, Vitor Hugo afirmou que era por conta dos mandados de prisão em regime aberto no Acre.

No veículo abordado pelo Batalhão de Choque, ainda estavam uma advogada, o marido dela, de 32 anos e um outro homem, de 22 anos.

Na delegacia, todos os homens foram questionados sobre o desaparecimento do garagista. Apenas o marido da advogada se manteve em silêncio. Os outros dois negaram participação, mas afirmaram conhecê-lo.

O homem preso com documento falso disse que o garagista “era um forte agiota em Campo Grande” e ainda contou que devia para ele R$ 3 mil. Já o marido da advogada devia R$ 5 mil para Carlos Reis.

Agiotagem

 

A esposa de Carlos Reis revelou à polícia no sábado (4) que o marido, além das vendas de veículos, era agiota e acredita na possibilidade de que ele tenha sido assassinado, pois três pessoas estariam devendo a Carlos, e que poderiam ter envolvimento no crime.

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No mesmo dia, o Batalhão de Choque da Polícia Militar recebeu uma informação que justamente os suspeitos citados pela esposa estariam na região do bairro Moreninhas e que se preparavam para fugir da cidade.

A mulher que conduzia o carro é advogada e representa entre outros clientes, José Claudio Arantes, conhecido como “Tio Arantes”, de 66 anos, um dos chefes de facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios. Ele que fugiu do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira de Campo Grande na madrugada no dia 23 de novembro.

A mulher foi liberada pela polícia ainda no local da abordagem, mas os outros três ocupantes do carro confirmaram que conheciam o garagista, mas apresentaram versões contraditórias e evasivas para os questionamentos feitos pela equipe sobre o desaparecimento.

Entenda o caso

De acordo com um dos filhos de Carlos Reis Medeiros de Jesus, o pai saiu da casa onde mora em uma camionete, na região do bairro Tiradentes, por volta das 7h. O veículo do comerciante foi encontrado destrancado em um barracão que pertence a ele mesmo, na Rua Babilônia, também na região do Tiradentes. “Ela saiu com ela de manhã e foi encontrada por volta das 18h”, afirmou o filho.

Mais cedo, por volta das 15h, a atual esposa de Carlos viu homens em dois guinchos, no mesmo local onde a caminhonete foi encontrada, retirando veículos comercializados pelo garagista. Ela chegou a pedir explicações e ouviu apenas que os carros teriam sido comercializados, conforme revelou o filho do vendedor.

Ainda segundo família, o celular de Carlos chegou a receber ligações e mensagens de texto durante todo o dia de ontem, mas nenhuma foi atendida ou respondida. “Hoje já deu desligado”, conta o filho.

Em busca de informações, a família procurou a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol e registrou boletim de ocorrência por desaparecimento.

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