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MUNDO

A Rússia e o possível ataque à Ucrânia: Europa e Estados Unidos em alerta!

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A Rússia enfrentará o Ocidente e poderá atacar a Ucrânia? A intervenção militar da Rússia na Ucrânia teve seu estopim em 2014, na Criméia. Essa península fica localizada em uma região no sul do país e possui uma importância econômica e estratégica, se constituindo como uma via de ligação marítima comercial para a Europa. Além disso, é uma grande produtora de grãos e alimentos industrializados na região.

O governo russo afirma que a intervenção na crise da Ucrânia tem o objetivo de proteger os cidadãos de etnia russa ali contra abusos cometidos por autoridades ucranianas. Alega que o governo ucraniano deposto pediu a intervenção da Rússia a fim de manter a ordem na região. A Ucrânia está no meio de um jogo de interesses. Qual tem sido a posição das autoridades? De neutralidade. Sinalizam positivamente para o apoio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), sem querer desagradar às ofertas de ajuda humanitária, política e econômica da Rússia. Jogam dos dois lados, querendo agradar a “gregos e troianos” ao mesmo tempo.

A Europa e os Estados Unidos buscam cada vez mais diminuir a influência russa na zona formada pelas ex-repúblicas da União Soviética. Após a queda do bloco comunista (do qual a Ucrânia pertencia), a Rússia e o Ocidente disputam historicamente o apoio da região. A Rússia, que saiu enfraquecida desse processo, busca manter o máximo de aliados, enquanto os Estados Unidos e União Europeia tentam atrair – via Otan – esses países, os afastando da influência russa. Uma ideia recentemente difundida na Ucrânia é de uma repartição do país em dois blocos: um “oeste pró-europeu” e um “leste pró-russo”. Isso tem deixado os ucranianos à flor da pele e os russos desgostosos.

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Diante do crescente suporte que a Otan vem garantindo à Ucrânia – armamentos, soldados e treinamento – Moscou vê isso como uma ameaça à sua própria segurança. No entanto, o Ocidente acusa a Rússia de diversas vezes posicionar suas tropas na fronteira da região, por isso impõe ao país severas sanções econômicas. É um verdadeiro jogo de acusações, o que parece não estar perto a solução do conflito.

No dia 07 de dezembro de 2021, representantes dos dois países realizaram um encontro sobre o conflito. Putin quer garantias de que a Otan não se estenda para o leste, nem forneça armas para a Ucrânia. A Otan já avisou que está realizando ações de treinamento e possível envio de presença militar na fronteira. Líderes da Otan se reuniram na Letônia e decidiram intensificar os preparativos e forças de combate, caso haja uma invasão russa na Ucrânia. A Rússia nega que tem a intenção de atacar o país. Penso que é difícil confiar num governo instável, porém, sagaz como o do presidente russo.

O presidente Biden reuniu o Reino Unido, a França e Alemanha e tratou do assunto no encontro do G-20, em Roma. Isso resultou na ida do diretor da Cia para Moscou, a fim de reafirmar o compromisso com o processo diplomático e comunicar sobre as severas consequências para a Rússia, caso eles tomem o caminho do confronto. O Ministro da Defesa da Rússia, Serguei Choygu, afirmou em novembro, que a aviação Norte Americana está treinando voos com aviões bombardeiros, ensaiando ataques com armas nucleares, a 20 quilômetros da fronteira com a Rússia.

De fato, a ideia do Pentágono é de enviar 06 caças bombardeiros leves Super Tucano, de fabricação brasileira (que estão no Afeganistão), para a base aérea da Ucrânia. As aeronaves têm capacidade de carga, velocidade e munição com misseis de grande potência. Porém, não se pode subestimar a capacidade russa de um contra ataques de defesa antiaérea. Uma verdadeira queda de braço.

Diante dessa tensão, caso haja um aumento dos embates, isso poderá despertar a necessidade de uma coordenação entre a China e a Rússia, o que se poderá ampliar as tensões entre o Oriente e o Ocidente. Ambos os países são aliados e ultimamente fizeram exercícios militares em conjunto. Nessa queda de braço entre Rússia e Ocidente, só resta saber quem vai ceder primeiro. O que é mais improvável da parte de Vladimir Putin. Segundo já ouvi – mesmo que muitos duvidem ou discordem – Putin é o homem mais poderoso e temido do planeta. Será? Não duvido.

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