O imunizante utilizado no estudo foi produzido exclusivamente para animais pela farmacêutica Zoetis. Esta semana, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) autorizou a importação da vacina, que já está sendo usada de forma experimental em zoológicos dos Estados Unidos desde julho de 2021. Foram solicitadas, inicialmente, 200 doses que devem ser aplicadas ainda este mês.
A vacina foi produzida com o mesmo antígeno presente em vacinas aplicadas em seres humanos. A diferença está no adjuvante adicionado – substância utilizada para potencializar a resposta imunológica ao antígeno.
Pesquisadores do Projeto PetCovid-19 vêm monitorando animais domésticos, selvagens e exóticos desde o início da pandemia, com o objetivo de compreender o efeito do vírus nesse grupo. Segundo a UFPR, foi identificado que 15% dos animais que tiveram contato próximo com tutores que testaram positivo para o coronavírus acabaram também sendo infectados. Apesar dos resultados, foi descartada a transmissão de animal para o ser humano, e não há evidências de mortes de cães e gatos causadas pelo vírus no Brasil, até o momento.
O que alerta os pesquisadores brasileiros são registros de mortes por complicações decorrentes da Covid-19 em leopardos, nos Estados Unidos, e evidências de que ratos selvagens podem ser um reservatório do vírus e transmissores do Sars-CoV-2 para seres humanos. De acordo com os cientistas, primatas, felinos e mustelídeos (como lontras, ariranhas e texugos) são muito sensíveis ao novo coronavírus.