Usando hidrofones e gravadores, os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) registraram vocalizações desses animais, que serão analisadas e comparadas com o som emitido por populações de botos que vivem fora no lago. A ideia é verificar se há diferenças entre eles.
De acordo com a pesquisadora Vera da Silva, que coordena o estudo, botos podem emitir cerca de 14 tipos de sons, incluindo assobios.
A frequência desses sons podem variar, dependendo do tipo de comportamento dos animais e podem ser tanto agressivas, quanto de socialização.
“USAMOS UMA VOADEIRA PARA OS DESLOCAMENTOS E PARA ENCONTRAR OS BOTOS E REGISTRAR OS SONS. UMA VEZ QUE OS ANIMAIS SÃO LOCALIZADOS, NOS APROXIMAMOS EM BAIXA VELOCIDADE E O MOTOR É DESLIGADO. EM SEQUÊNCIA, UM HIDROFONE É COLOCADO NA ÁGUA PARA CAPTAR AS ONDAS SONORAS (SONS PRODUZIDOS), QUE SÃO REGISTRADAS EM UM GRAVADOR DIGITAL ACOPLADO AO HIDROFONE E DEPOIS ANALISADOS”, DETALHOU.
Os estudos já são feitos há cerca de 10 anos no lago de Balbina. A última expedição feita pelos pesquisadores foi realizada em agosto desse ano.