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Recuperado da Covid-19, médico Alan Areal diz que teve medo de morrer: “Bati na porta da UTI”

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Alan é de Sena Madureira. Foto: Reprodução
Natural do município de Sena Madureira, o médico infectologista Alan Areal esteve “no olho do furacão” em se tratando da Covid-19. Ele, mais do que ninguém, vivenciou de perto o momento mais crítico da pandemia em nosso Estado quando todos os leitos de UTI estavam lotados e ainda tinha gente na fila de espera, praticamente entre a vida e a morte.

Nesta segunda-feira (27), em entrevista ao Podcast “segunda voz”, apresentado por Jota Alves e Elvis Dany, Alan Areal discorreu um pouco sobre essa experiência e, mais do que isso, contou como se sentiu ao contrair a covid e ficar com 80% de comprometimento de seu pulmão. “Após um ano na linha de frente, atendendo na Fundação, Pronto Socorro e em Sena Madureira, estive no olho do furacão, o INTO. Foram momentos difíceis. Também fui acometido pela covid, na segunda quinzena de março. Bati na porta da UTI, mas graças a Deus não cheguei a ser entubado”, contou.

O médico infectologista fez menção sobre um rapaz de apenas 20 anos de idade que, mesmo não tendo nenhuma comorbidade, pegou a covid e não resistiu. “Perder um paciente com 20 anos de idade, é muito duro. Ele pegou uma carga viral muito alta e, apesar de todos os esforços, não foi possível sua reabilitação”, frisou.

Indagado pelo apresentador Jota Alves se teve medo de morrer, ele respondeu: “Sim. Fui pro balão, fiz a Ventilação não invasiva (VNI). Foi a primeira vez que adoeci em minha vida em sã consciência. Minha gratidão aos meus colegas médicos. E eu pedia sempre a eles que fossem francos comigo. Felizmente, apesar de ter tido 80% de comprometimento do pulmão não fiquei com sequelas”, salientou.

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Alan Areal disse que antes de ser infectado pelo vírus da covid-19, foi acometido por uma dengue, o que baixou sua imunidade.

Ele também falou sobre a interferência política em algumas questões da saúde no decorrer da pandemia. Se referindo ao kit covid, Alan destacou: “Muitos medicamos fizeram mais mal do que bem. Tem hora que a política não pode se meter tanto”, finalizou.

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