POLÍCIA
Polícia procura mãe que fugiu com filho após armar emboscada para matar pai da criança, diz delegado
A Polícia Civil (PC) do Paraná procura uma mulher de 27 anos suspeita de fugir com o filho depois de armar, junto ao atual namorado, uma emboscada para matar o pai da criança. De acordo com a corporação, há mandado de prisão preventiva decretado contra eles.
O crime aconteceu na Cidade Industrial de Curitiba, onde João Philip Gonçalves Nunes, de 23 anos, foi espancado até a morte. Ao todo, seis pessoas são suspeitas de participar do crime. Até a publicação desta reportagem, uma havia sido presa e duas identificadas, segundo a Polícia Civil.
De acordo com a polícia, a suspeita, Maria Eliza Moreira Marins, e o pai da criança tinham uma disputa judicial pela guarda do menino, de quatro anos.
A vítima foi atraída para o local onde morreu quando tentava buscar o filho em um endereço passado pela mulher, conforme a PC.
A corporação ainda afirmou que o homem tinha uma decisão favorável da Justiça para pegar a criança, mas acabou abordado por quatro homens encapuzados que o espancaram até a morte.
Briga judicial pela guarda do filho
Após o fim do relacionamento entre a vítima e a mãe da criança, que durou três anos, o menino ficou morando com o pai em Santa Catarina enquanto a mulher se mudou para Curitiba junto ao novo companheiro, Francisco Domenny, de 22 anos.
Segundo a polícia, eles começaram a disputa pela guarda do filho, que foi deferida pela Justiça ao pai.
As investigações ainda apontaram, conforme a PC, que a mãe e o atual companheiro foram até Blumenau (SC) em setembro do ano passado para visitar a criança, mas acabaram levando o menino embora, sem devolvê-lo e evitando qualquer contato com a vítima.
No dia 2 de dezembro, o pai mandou mensagem para a suspeita avisando que uma decisão judicial o dava o direto de buscar o menino. A mulher, então, afirmou não ter condição de levar o filho até o estado catarinense e pediu que ele fosse até Curitiba, segundo a polícia.
O crime
De acordo com o delegado Tiago Nobrega, João foi morto ao procurar um endereço passado pela mulher para buscar a criança. O delegado afirmou que o crime teve “requintes de crueldade” e a morte da vítima era planejada pelo casal.
Ainda conforme a polícia, a mãe da criança chegou a espalhar pelo bairro que a vítima havia abusado sexualmente do menino. Exames comprovaram que não houve abuso, segundo a PC, e o objetivo da mulher era instigar os moradores do local contra João.
No endereço indicado pela suspeita, a vítima foi levado por uma mulher até outro local, onde foi abordado e espancado por quatro pessoas encapuzadas. Ele não resistiu aos ferimentos.
O corpo da vítima foi encontrado no dia 5 de dezembro em uma estrada rural da região.
Ainda conforme a polícia, um dos suspeitos de agredir João até a morte foi preso em 21 de janeiro. Ele tem 19 anos e deve responder por homicídio qualificado.
Além dele, a PC identificou como autores do crime também a mãe da criança e o atual namorado dela. Eles são foragidos pelos crimes de homicídio qualificado e subtração de incapazes.