CONCURSO
Concurso Diplomata 2022 tem banca organizadora definida
O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) avançou com os preparativos do novo concurso para diplomatas. Nesta terça-feira, 8 de fevereiro, foi publicada no Diário Oficial da União a escolha da banca organizadora da seleção.
Assim como no concurso de 2020, o Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades) será o responsável por receber as inscrições, viabilizar e aplicar as etapas da seleção, como as provas objetivas e discursivas.
O próximo passo será a assinatura do contrato entre o Iades e o Ministério das Relações Exteriores. Com essa formalização, as partes poderão fechar os últimos detalhes do concurso Diplomata, como o cronograma de inscrições e provas.
Em resposta à Folha Dirigida, o Itamaraty confirmou que o concurso deve ser realizado ainda em 2022. Por tradição, os processos seletivos para diplomatas são abertos anualmente. Porém, pela pandemia, o edital de 2021 acabou não sendo publicado.
O cargo tem como requisito o ensino superior completo em qualquer área. Os salários iniciais são de R$19.657,06. Tal valor inclui R$19.199,06 de salário base e R$458 de auxílio-alimentação.
A oferta do novo concurso ainda não foi revelada. Mas a estimativa é que a seleção atraia cerca de 6 mil inscritos.
Os aprovados no concurso realizam atividades de natureza diplomática e consular, em seus aspectos específicos de representação, negociação, informação e proteção de interesses brasileiros no campo internacional.
A seleção para ingresso na diploma é composta por provas objetivas e discursivas, de caráter eliminatório e classificatório. Os habilitados nas etapas ainda são submetidos ao curso de formação no Instituto Rio Branco, em Brasília.
Veja como foram as últimas provas do concurso Diplomata
O último concurso para diplomacia teve edital divulgado em junho de 2020. No total, foram disponibilizadas 25 vagas na carreira, sendo 18 para ampla concorrência, cinco para negros e duas para pessoas com deficiência.
Pelaa pandemia da Covid-19, as provas foram adiadas e realizadas apenas em 2021. A estrutura do concurso costuma ser mantida ao passar dos anos, por isso pode servir de base para quem deseja concorrer em 2022:
Prova objetiva
A primeira etapa consistiu em uma prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório. A aplicação foi realizadas nas capitais dos 26 estados e no Distrito Federal, em dois períodos.
Os inscritos foram submetidos a 73 questões sobre as disciplinas de:
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Língua Portuguesa – 10 questões;
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Língua Inglesa – 9 questões;
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História do Brasil – 11 questões;
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História mundial – 11 questões;
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Política Internacional – 12 questões;
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Geografia – 6 questões;
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Economia – 8 questões;
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Direito – 6 questões.
Prova escrita Língua Portuguesa e Língua Inglesa
A segunda fase do concurso foi composta por prova escrita de Língua Portuguesa e Língua Inglesa, de caráter eliminatório e classificatório. A aplicação ocorreu nas capitais com aprovados na objetiva.
Na avaliação escrita de Língua Portuguesa, os concorrentes tiveram que elaborar uma redação sobre tema geral, um resumo e realizar exercício de interpretação, de análise ou de comentário de textos.
Já na prova escrita de Língua Inglesa, os participantes elaboraram uma redação sobre tema geral, com extensão de 45 a 50 linhas, e traduziram um texto do Inglês para o Português.
Também escreverem a versão de um texto do Português para o Inglês e elaborarem um resumo, em Inglês, de um texto escrito em Língua Inglesa, com extensão estabelecida no comando do exercício, estimada entre 35% e 50% do texto a ser resumido.
Prova escrita demais disciplinas
A terceira e última etapa do concurso Diplomata foi de exames escritos, de caráter eliminatório e classificatório.
Nesse caso, foram cobradas as disciplinas de História do Brasil, Política Internacional; Geografia; Economia; Direito; Língua Espanhola e Língua Francesa.
Curso de formação
Os classificados em todas as fases ainda são convocados para o curso de formação no Instituto Rio Branco, em Brasília.
Em entrevista exclusiva à FOLHA DIRIGIDA, em 2017, o então diretor-geral do IRB, embaixador José Estanislau do Amaral, pontuou alguns princípios das aulas.
“O principal objetivo do curso é aprofundar alguns conhecimentos em política internacional, economia e línguas estrangeiras. Além de ensinar outros aspectos como relacionamento com a imprensa e prepará-los, realmente, para a atuação no exterior”, disse o embaixador.