POLÍCIA
Delegado posta vídeo passeando de helicóptero junto com cantor sertanejo e carregando fuzil
O delegado Arthur Fleury postou vídeos em suas redes sociais passeando de helicóptero portando um fuzil ao lado do cantor sertanejo Rodrigo, da dupla com George, (veja acima). A série de postagens mostra ainda que o agente foi para um churrasco em uma fazenda e que as pessoas que estavam no local chegam a usar uma das armas para dar tiros. Especialistas afirmam que, se arma for do estado, não pode ser usada para fins recreativos.
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Em nota, a Polícia Civil do Estado de Goiás informou que “o caso se encontra sob análise da Gerência de Correições e Disciplina, que está apurando os fatos como postos, e, tão logo seja possível, comunicará à sociedade o resultado de sua investigação”.
Questionado, o delegado não respondeu se o armamento era ou não da corporação, mas explicou, em nota, que estava em um dia de folga, “após operação e usando munições particulares”. A Polícia Civil disse que vai apurar ainda se a arma era do estado e se, de fato, o agente estava fora do expediente.
A corporação não informou por quais crimes o delegado pode responder, caso seja constatada alguma irregularidade.
O g1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da dupla George Henrique e Rodrigo solicitando um posicionamento e questionando se Rodrigo tem posse ou porte de arma, por meio de mensagem enviada às 17h11 desta sexta-feira (11), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Os vídeos mostram o delegado no heliponto, logo depois, o helicóptero está no chão e o cantor sertanejo embarca. É possível ver ainda o fuzil nas pernas do delegado, o cantor também segura uma arma. Eles seguem em direção a uma fazenda.
Durante a preparação de um churrasco, dá para ver em uma mesa de bilhar uma arma, um colete balístico e uma faca. O grupo de amigos que estava com Arthur Fleury ostentava uma peça de picanha no valor de R$ 5 mil.
O especialista em segurança pública Ignácio Cano explicou que, se o fuzil que aparece nas imagens for do estado, a arma não poderia ter sido usada para fins de lazer e também não poderia ter sido emprestada, “é uma ferramenta de trabalho, pode ser uma irregularidade sim”.
O advogado criminal e diretor do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Pedro Paulo de Medeiros, explicou que, em tese, o servidor público tem que andar armado em tempo integral. No entanto, se a arma for do estado, ela não poderia ter sido usada para fins desportivos.