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Dia Mundial do Gato: veja 5 cuidados que os tutores devem ter com os felinos
Nesta quinta-feira (17) é comemorado em todo o mundo o dia de um dos animais mais queridos pelo ser humano: o gato. Estes felinos possuem particularidades que, muitas vezes, são desconhecidas pelos seus tutores, mas que devem ser levadas em consideração na hora da criação desses pets. Por isso, o g1 conversou com o médico veterinário Pedro Allef sobre os principais cuidados que todo tutor de gato deve ter.
Deuses ou símbolos de mau presságio?
De acordo com Pedro Allef, desde a antiguidade, a humanidade esteve dividida entre gostar ou não desses bixinhos. No Antigo Egito, por exemplo, os gatos eram considerados deuses. Eles estão presentes em várias obras de arte e representam diversas entidades da região.
Já na Europa Ocidental, os gatos eram considerados como símbolos de mau presságio. Os felinos da pelagem preta são os que mais sofrem discriminação. É comum a afirmação: “gato preto dá azar”. Porém, trata-se apenas de uma falácia. O gato preto, como todos os outros, não traz azar, mas sim, muita sorte e amor.
Gatos são complexos e, por isso, requerem, muitas vezes, cuidados específicos. O médico veterinário Pedro Allef listou os cinco principais cuidados que todo tutor de felino deve ter.
Confira:
1. Patês e água espalhada pela casa
A alimentação desses animais deve ser baseada em proteínas de origem animal e de alta absorção. Segundo o médico, uma ração de alta qualidade para os gatos é aquela enriquecida em taurina, um aminoácido importante para a manutenção da saúde e do coração desses pets. Pedro Allef também destaca a inclusão de patês na alimentação.
Sobre a água, o especialista indica que os tutores coloquem diversos potinhos do líquido espalhados pela casa.
“Preferencialmente, coloque aquelas fontes, aqueles bebedouros automáticos a água em movimento”, destacou.
2. Saúde: vacinas são essenciais
O médico pontua que os felinos necessitam de proteção e tratamento contra vermes, pulgas, carrapatos e de diversas doenças. A proteção pode ocorrer através das vacinas e cuidados contra os parasitas externos.
“As vacinas vão atuar na prevenção de algumas doenças, que podem ser altamente debilitantes e até fatais, principalmente se for um animal muito jovem, que não vai conseguir crescer bem. E os antiparasitários vão acabar com as pulgas, com os carrapatos. Sobre a questão das vacinas, dos vermífugos, é algo que deve ser planejado e feito por um veterinário capacitado. A necessidade vai de acordo com a vida daquele animal. Lembrando que a aplicação destes produtos precisa ser feito por um veterinário”, afirmou Pedro Allef.
3. Higiene: caixa de areia é essencial
Um fato popular sobre os gatos é que eles se limpam sozinhos. Diferente dos cães, esses animais não precisam de banhos frequentes, salvo em alguns casos envolvendo problemas de saúde.
Desde pequenos, esses animais possuem o instinto de fazer xixi ou cocô em um local apropriado. Por isso, a caixinha de areia é essencial.
4. Ambiente e bem-estar: gatos gostam de rotina
Os gatos são animais que possuem rotina e são bem resistentes às mudanças que possam ocorrer nos ambientes que vivem.
“Dependendo da mudança, eles ficam estressados e podem até ficar doentes. Nesses casos é indicado o auxílio de um médico veterinário ou comportamentalista animal para facilitar o processo”, explicou Pedro Allef.
Uma dúvida que muitos tutores possuem é se podem deixar seus gatos saírem de casa sozinhos ou não. O especialista alerta sobre os riscos de deixar o animal livre.
“Ele pode pegar doença, se machucar ou até acontecer coisas piores. O animal preso dentro de casa não vai perder a liberdade, não vai perder o jeito de ser. Por isso, é necessário que o tutor utilize estratégias para diminuir o estresse do gato dentro da residência”, afirmou o veterinário.
5. Não têm nada de solitários!
Os gatos têm fama de serem solitários, mas a verdade é que ninguém gosta de ficar sozinho, nem mesmo os felinos. Pedro Allef indica que, se possível, o tutor tenha dois gatos para que um faça companhia para o outro, desde que cada um tenha o seu espaço.
“Se eu tenho dois gatos, eu vou ter três caixinhas de areia, três potes de água, três potes de comida, justamente para evitar problemas relacionados às posses de recursos. Essa introdução e a adaptação deve ser feita cuidadosamente e ser bem planejada. A família tem que ter muita paciência. Porém, no final vale a pena”, finalizou o veterinário.