POLÍTICA
Após cobrança, Bolsonaro diz que “não tem o que conversar” com Ucrânia
Pressionado a dialogar com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenky, Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta segunda-feira (28/2), que não tem o que conversar com o ucraniano. Dias antes do início do conflito no Leste Europeu, o presidente brasileiro realizou uma visita ao líder russo, Vladimir Putin, e disse ser solidário à Rússia.
“Alguns querem que eu converse com Zelensky, o presidente da Ucrânia. Eu, no momento, não tenho o que conversar com ele. Eu lamento, se depender de mim não teremos guerra no mundo”, disse Bolsonaro, em entrevista à Rádio Jovem Pan.
No domingo (27/2), o presidente brasileiro rechaçou qualquer sanção à Rússia e defendeu a posição de neutralidade. Bolsonaro também disse que Putin não estava fazendo um massacre na Ucrânia e defendeu o direito do líder russo em ocupar as regiões separatistas de Donbass, no leste ucraniano.
A declaração gerou reação do encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, que afirmou que Bolsonaro estava “mal informado” e sugeriu que ele conversasse com o presidente ucraniano.