RIO BRANCO
Acre libera 4ª dose contra Covid-19 para pessoas com baixa imunidade
O governo do Acre liberou aos imunossuprimidos dose extra de vacina contra Covid-19. Imunossuprimidos são aqueles que têm uma baixa imunidade, seja natural ou adquirida.
Por apresentar mais suscetibilidade a doenças graves esse grupo precisa de uma reposição de anticorpos mais rápida do que a população em geral.
A possibilidade de se vacinar com quarta dose da vacina, que foi liberada no estado desde o mês de dezembro de 2021, após a orientação do Ministério da Saúde aos Estados da União, traz ao estado mais chances de completar o esquema vacinal e manter os cidadãos acreanos seguros contra a covid-19.
Em um informe técnico, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio Programa Nacional de Imunização Estadual (PNI), enviou uma orientação técnica aos municípios acreanos em dezembro sobre a vacinação dessa clientela.
De acordo com o documento, entende-se por imunossuprimidos e que podem tomar quarta dose: portadores de imunodeficiência primária grave; acientes em quimioterapia para câncer; transplantados de órgãos sólidos ou de células-tronco, ou que fazem uso de drogas imunossupressoras; pessoas vivendo com HIV/aids; usuários de prednisona (corticoide) em doses diárias iguais ou superiores a 20mg, ou substâncias equivalentes, por período igual ou superior a 14 dias; usuários de drogas modificadoras da resposta imune; pessoas com doenças autoinflamatórias e doenças intestinais inflamatórias; pacientes em hemodiálise e pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.
“A proteção de anticorpos do imunodeprimido cai mais rápido do que na população comum, por isso existe a necessidade de uma quarta dose. O esquema ideal para a pessoa com imunossupressão grave é: 28 dias depois de ter tomado a segunda dose, imunizar-se com a dose adicional, e depois de quatro meses, tomar a dose de reforço”, destaca a coordenadora do PNI Estadual, Renata Quiles.
A gestora ressalta ainda que o informe técnico foi passado aos municípios e que, por conta do tempo de espera entre primeira e segunda dose, a maior parte desse público só começou a tomar o imunizante adicional em janeiro.
Para tomar esse reforço, os imunossuprimidos devem procurar as unidades de saúde que fazem a imunização do público adulto. O laudo para imunodepressão só é necessário caso o paciente não tenha apresentado o documento no ato de vacinação de primeira ou segunda dose.
Confira como fica o esquema vacinal de imunossuprimidos acima de 18 anos:
1ª dose Coronavac + 2ª dose (28 dias) Coronavac + dose adicional (28 dias) Coronavac = reforço (4 meses) Pfizer/Fiocruz/Janssen
1ª dose Fiocruz + 2ª dose (30 dias) Fiocruz + dose adicional (28 dias) Fiocruz = reforço (4 meses) Pfizer/Fiocruz/Janssen
1ª dose Pfizer + 2ª dose (21 dias) Pfizer + dose adicional (28 dias) Pfizer = reforço (4 meses) Pfizer/Fiocruz/Janssen
Dose única Janssen + reforço (2 a 6 meses) Janssen.