CIDADES
Cidades do AC não estão entre as mais de 700 onde água da torneira possui produtos químicos e radioativos
Um levantamento feito pela Repórter Brasil, divulgado nesta semana, aponta que 763 cidades brasileiras de alguns estados brasileiros ofertam água nas torneiras com produtos químicos e radioativos que afetam a saúde.
Nenhuma cidade do Acre apareceu no mapa ou apresentou dados sobre o assunto.
“Todos nós bebemos pequenas doses diárias de substâncias químicas e radioativas. São agrotóxicos e outros resíduos da indústria que se misturam aos rios e represas. Alguns especialistas defendem que não há risco se elas estiverem dentro do limite regulamentado. Outros argumentam que as doses aceitas no Brasil são permissivas, pois são bem mais altas que as da União Europeia”, diz um trecho da reportagem divulgada pela Publica, que é uma agência de jornalismo investigativo.
“Sobre um ponto não há dúvida: essas substâncias são prejudiciais à saúde quando estão acima do limite brasileiro. O consumo diário aumenta o risco de câncer, mutações genéticas, problemas hormonais, nos rins, fígado e no sistema nervoso – a depender do produto”, continua.
A Repórter Brasil fez um Mapa da Água com todas as informações constadas. “Para chegar a esse retrato, fizemos a leitura dos dados de controle do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, o Sisagua, do Ministério da Saúde. Esse banco de dados reúne os testes feitos pelas instituições responsáveis pelo abastecimento”, diz um trecho do documento que trata da metodologia da pesquisa.
A ferramenta foi construída a partir de dados de 2018 a 2020 obtidos em novembro de 2021. Ela não abarca atualizações e retificações feitas desde então.
“É importante entender que cada município tem diferentes estações onde a água é tratada. Assim, um resultado acima do limite não significa necessariamente que a água de todo o município tem problemas, mas sim os locais abastecidos por aquela estação. Em termos de alerta para a saúde da população, porém, um local com problema pode afetar pessoas de diferentes partes do mesmo município, já que elas circulam e estão sujeitas a consumir água em diferentes locais”, finaliza.