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TECNOLOGIA

Tecnologia da SpaceX, do bilionário Elon Musk, deve contribuir para desenvolvimento na Amazônia

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Elon Musk em foto de 13 de agosto de 2021 — Foto: Patrick Pleul/Reuters

Nova opção de matriz econômica, fortalecimento do uso da inteligência artificial e inserção na indústria 4.0. Os impactos da instalação da tecnologia da empresa SpaceX, do bilionário Elon Musk, entraram em debate após a multinacional dialogar com o Governo Brasileiro sobre a realização de atividades na Floresta Amazônica.

O empresário planeja vinda ao Amazonas para anunciar operações do sistema de satélites “Starlink”. O Ministério das Comunicações informou que a agenda de visitas ainda não foi definida.

De acordo com informações do Ministério, a intenção é aprofundar os estudos sobre o uso da tecnologia para monitorar desmatamentos, incêndios ilegais e também desenvolver projetos de conectividade em escolas e unidades de saúde em áreas rurais, levando internet de alta velocidade para a região.

Em novembro de 2021, o ministro das telecomunicações, Fábio Faria, foi até o estado do Texas, nos Estados Unidos, para reunir com investidores, inclusive com Elon Musk. Na ocasião, o Governo declarou ter interesse na tecnologia desenvolvida pela empresa com o programa Wi-Fi Brasil, que atende 897 pontos no Amazonas.

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Em vídeo publicado por Faria nas redes sociais na época, o empresário Elon Musk disse estar “ansioso” por uma eventual parceria.

No final de janeiro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), concedeu o direito de exploração de satélite estrangeiro não-geoestacionário de baixa órbita para a Starlink. Com isso, a empresa também poderá oferecer o serviço de satélite em todo território brasileiro. O direito de exploração vai até 2027.

Segundo a Anatel, a oferta final de banda larga aos consumidores poderá ser realizada por empresa autorizada que contratar a capacidade da rede de satélites ou caso o próprio grupo tenha autorização para entrar nesse mercado, o que já tinha acontecido no ano passado.

Impactos na Amazônia

A instalação da multinacional na Amazônia gera impactos. De acordo com o sociólogo e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Gilson Gil, a realização dos serviços leva uma nova opção de matriz econômica, fortalecimento do uso da inteligência artificial e inserção na indústria 4.0.

“Uma empresa desse porte sempre mexe com as populações, com o meio ambiente e a sociedade local. Não é apenas uma questão econômica. Porém, o Amazonas precisa de empregos e geração de renda. É preciso elaborar uma matriz econômica alternativa à Zona Franca. Empreendimentos assim podem ser o início de uma nova matriz que use os recursos da floresta com sustentabilidade”, diz.

O sociólogo ressalta ainda que é preciso seguir a legislação ambiental para reduzir impactos negativos nessa área. Segundo ele, as iniciativas podem ser bem recebidas, mas é preciso ressaltar que haverá impactos ambientais, migratórios e sociais.

“Tudo isso mudará a região, sem dúvida. Contudo, não podemos evitar esse debate – as alternativas econômicas – pois já temos o exemplo da BR 319 – que nunca sai – e a questão do IPL , que tanto fragiliza a economia local”, comentou.

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