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Charles do Bronx não descarta luta contra McGregor até no peso-médio: “Ele pediu, mas correu”
O podcast Mundo da Luta desta semana recebeu o campeão peso-leve do UFC, Charles do Bronx. O brasileiro, que defende o cinturão peso-leve do UFC pela segunda vez no UFC 274, dia 7 de maio, contra Justin Gaethje, garantiu, em entrevista a Marcelo Russio, Gleidson Venga e Ana Hissa, que continua com a luta contra Conor McGregor na cabeça.
– Essa luta contra o Conor eu sempre vou querer fazer, porque é uma luta que garante um dinheiro que muda a vida. Ele vivia me perguntando quando lutaríamos, mas agora parece que correu. Mas não tem problema, eu luto com ele no peso-leve, no peso-meio-médio ou até no peso-médio. O que eu não vou é ficar correndo atrás de ninguém, não preciso disso. Quando tiver que acontecer, vai acontecer…
O paulista também revelou qual a derrota que mais o ensinou na carreira: a sofrida contra Paul Felder, no UFC 218, em 2017. Curiosamente, essa foi a última vez que Charles do Bronx foi derrotado.
– As derrotas ensinam muito, mas só para quem está disposto a aprender. Uma derrota que me ensinou demais foi contra o Paul Felder. Naquela luta ele me acertou com o cotovelo, e quem é golpeado assim primeiro é cortado e depois o local incha muito. Depois da luta, no aeroporto, eu sabia que estava “zoado”, mas as pessoas estavam olhando muito pra mim. Quando olhei no espelho, eu tomei um susto. Eu estava deformado. Acabei comprando um óculos daqueles femininos imensos e coloquei na cara. E, quando cheguei ao Brasil, quis logo treinar. Minha equipe me mandou descansar, mas eu queria treinar, aprender mais e entender como tudo tinha acontecido. Essa luta, e essa derrota, me deram o clique para que eu mudasse a minha trajetória na carreira.
Falando sobre a sua próxima luta, contra Justin Gaethje, Do Bronx não tem dúvidas de que continuará como dono da categoria, ainda que muitos críticos e fãs continuem apontando o poder de nocaute do americano como um perigo para ele.
– As pessoas falam muito, e eu fico prestando atenção. Dizem que o Justin Gaethje tem a mão pesada, que é nocauteador. Ele lutou por três rounds contra o Michael Chandler e não o nocauteou, e eu o nocauteei com a mão esquerda no segundo round. O fato é que eu sou o campeão, sou o rei do peso-leve e vou continuar sendo. O Gaethje mesmo diz que tem uma chance de me vencer, que é me nocauteando. Eu tenho muitas para vencê-lo, como venho fazendo nas últimas dez lutas. Contra ele vai ser a mesma coisa. Vou lutar, confio no poder das minhas mãos e o meu jiu-jítsu, que é diferenciado mesmo, está aqui como sempre. Vou continuar com o cinturão e vou trazê-lo pra casa, para quem sabe na próxima defendê-lo no Brasil.
O programa também analisou o UFC Londres, que se tornou histórico por conta das nove lutas finalizadas pela via rápida, sendo sete delas no primeiro round, e também pelo recorde de nove bônus distribuídos pelo UFC a todos os lutadores que conseguiram um nocaute ou uma finalização, e antecipou o UFC Blaydes x Daukaus do próximo sábado.