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POLÍCIA

Suspeito de matar menino de 9 anos confessa que golpeou criança no estômago

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Casal foi preso no dia 1º de abril. — Foto: Carolina Diniz/Rede Amazônica

Em Manaus, Henrique Coelho de Sousa, suspeito de torturar e matar o enteado Luiz Carlos Tinoco, um menino autista de 9 anos, no dia 30 de março, relatou, em depoimento à polícia, que golpeou a criança no estômago, momentos antes dela ser internada em um hospital de Manaus.

No dia 1º de abril, Henrique, que é padastro da vítima, e a mãe da criança, Débora de Lima Tinoco, foram presos pela Polícia Civil como principais suspeitos da morte do menino. A Rede Amazônica não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos.

A criança morreu na quarta-feira (30), com marcas de violência pelo corpo e um quadro de hemorragia, anemia, lesões no fígado e no braço. Ele estava internado no Hospital e Pronto-Socorro da Criança Joãozinho, na Zona Leste.

Em um vídeo, o padastro da vítima confessou que as agressões teriam começado porque a criança estava doente, com diarreia. Segundo ele, Luiz Carlos chegou a cair no chão durante o espancamento.

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“Eu me estressei, não sabia que ia acontecer isso. Ele tava bem, mas não sabia que tinha acontecido isso por dentro dele. No estômago mesmo, mão fechada, foram uns dois.Eu fiquei com raiva, nesse momento eu perdi a cabeça e bati nele, estressado”, disse Henrique.

No dia 30 de março, após a morte da criança, a equipe médica acionou a polícia, que iniciou as investigações. No dia em que a criança morreu a mãe chegou a prestar depoimento, mas afirmou que a criança mesmo se batia por possuir um alto grau de autismo e que teria caído no banheiro no dia em que foi hospitalizado.

Também no depoimento, ela afirmou que passa o dia trabalhando e que quem cuidava do garoto era o padastro.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) concluiu que a criança teve choque hemorrágico, hemorragia aguda e explosão do fígado e baço por conta das agressões.

A titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra Crianças e Adolescentes (Depca), Joyce Coellho, afirma que a vítima morava com a mãe há quatro meses.

“Aquela criança estava sofrendo especificamente naqueles dias por estar doente, por estar com infecção intestinal, e o fato de ser uma criança especial ele acabava requerendo bastante cuidado, e aquele padrasto que era o responsável naquele momento perdia a paciência e o agredia”, informou.

A justiça decretou a prisão temporária do casal por 30 dias. Eles foram indiciados por crime de tortura resultado de morte.

Após concluir as investigações, a polícia deve pedir a prisão preventiva dos suspeitos.

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