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BRASIL

“Mataram de forma covarde”, diz tio de jovem assassinado em baile funk

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A família de Lucas Guilherme, de 15 anos, morto esfaqueado no pescoço em um baile funk em Ceilândia, na noite do último sábado (16/4), ainda tenta encontrar forças para acreditar na morte do jovem, assassinado com uma facada no pescoço ao se negar a entregar o boné e a corrente de prata durante um arrastão numa festa na Chácara Capricho, no Incra 9. Pedro Henrique, que é tio da vítima, afirmou ao Correio que vai lembrar de momentos bons vividos ao lado do sobrinho, e garantiu que o adolescente nunca foi de se envolver em confusões.

“(Era) um muleque bom, prestativo, sempre gostou de ajudar todo mundo. Tinha maldade com nada, não gostava de briga, era bastante sossegado. O que mais dói é saber que ele se foi e o tanto que sofreu. Só queria estar lá para proteger ele. Mataram o Lucas de uma forma covarde demais, na pura maldade. Meu sobrinho não merecia isso”, lamentou o tio do adolescente. A vítima saiu de casa, na QNP 5 de Ceilândia, de Uber para o baile funk clandestino.

De acordo com uma pessoa que não pediu para não ser identificada e que estava presente na festa, Lucas não estava fazendo uso de drogas, mas fumando narguilé. Ela também confirmou que a vítima foi esfaqueada após se negar a entregar os pertences.

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“Tudo aconteceu quando ocorreram duas brigas simultaneamente, por conta de bebida. Um dos organizadores da festa decidiu interrompê-la e mandou todo mundo embora, e foi logo depois que um homem anunciou o arrastão no meio da multidão. Lucas se recusou a dar o boné e a prata, e quando todo mundo notou, ele já tinha levado uma facada no pescoço e estava no chão”, contou à reportagem.

Homenagem

Neste domingo (17/4), cerca de 100 amigos e familiares se reuniram na quadra da QNP 5, de Ceilândia Norte, para fazer uma oração em homenagem ao jovem morto esfaqueado no baile funk. A mãe, bastante abalada, preferiu não gravar entrevista com a nossa reportagem. O velório está previsto para terça-feira (19/4).

Investigação

Segundo a Polícia Militar, uma equipe do Batalhão Rural esteve no endereço onde ocorria a festa. Os policiais, já no local, não encontraram testemunha e nem a vítima, porque a festa já havia sido encerrada. O caso será investigado pela 24ª Delegacia de Polícia (Setor O) como homicídio.

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