GERAL
Prefeitura de Rio Branco inicia ano letivo sem merenda de qualidade em escolas
Após uma longa batalha entre a categoria da educação e a atual gestão municipal de Rio Branco sobre salários, servidores da educação puseram fim à greve e, aos poucos, o ano letivo nas escolas municipais se iniciam. Junto com a volta às aulas começam também a reclamação sobre a merenda oferecida aos alunos.
Algumas unidades estão oferecendo, apenas, arroz e ovo para os alunos, pois o cardápio está incompleto. Nas redes socias, o gestor da Creche Jairo Júnior, Marivaldo de Paula, compartilhou a merenda oferecida aos alunos com a seguinte frase: “Eles ainda falaram que as crianças estavam precisando da alimentação da escola…”. Nas imagens, dois pratos com arroz e ovo que foram deixados por crianças que não aceitaram o alimento.
“Agora vemos que não tem organização, tiveram tanto tempo para fazer licitação, comprar os itens da merenda e organizar as entregas, por que não foi feito antes das aulas iniciarem? Pois estamos recebendo as coisas aos poucos. Falta feijão, não veio café, só veio leite em pó, não está vindo pão estamos servindo somente bolacha e é difícil, pois tem criança que não come somente bolacha e fica complicado”, diz Marivaldo à reportagem.
O gestor disse que se acostumou a ter uma qualidade na merenda escolar, que sempre foi motivo de elogio, mas que, hoje, deixa a desejar. “Eu tinha orgulho de falar da nossa merenda, almoço e lanche, agora estou tendo muita dificuldade. Fico vendo o prato das crianças sem feijão, sem salada, sem tempero. A situação está péssima”, completa.
A reportagem também foi procurada por funcionários que preferem não se identificar, por medo de represálias, relatando que em algumas escolas da capital não chegou os alimentos necessários para ofertar aos alunos.
“Falta muita coisa chegar para oferecer uma alimentação de qualidade para as crianças, que muitas vezes sai de casa sem comer para se alimentar na escola. Aqui não chegou temperos, polpas de frutas, café, feijão entre outros. A gente se vira com o que tem”, relata.
Outra denunciante contou que, hoje, chegaram a entregar dois pacotes de café e estão fazendo essa distribuição em várias escolas. “Estão gastando com gasolina para entregar somente dois pacotes de café. Eles foram para a Transacreana entregar somente isso e ainda iam no Calafate, acho isso uma falta de respeito, a conversa era que as aulas não tinham começado por conta da greve, mas aqui onde trabalho não chegou nenhum perecível. Estou me virando escolhendo em meio a ovos podres os que estão bons pra servir”, conta.
Procurada, a assessoria da prefeitura não deu resposta sobre a denúncia. O espaço segue aberto para eventual explicação sobre o caso.