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Especial Dia das Mães: Conheça a história de três mulheres que resolveram empreender para ficar perto dos seus filhos

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No primeiro especial do Dia das Mães do Na Hora da Notícia, vamos contar a história de três mulheres que resolveram investir no próprio negócio para ficar próximo dos filhos e não depender de patrão.

Sabemos que nesse Acre há muitas mães que se desdobram em mil para garantir aos filhos um futuro melhor. E que cada uma merece respeito e reconhecimento por exercer o único ofício que exige da mulher disposição 24h por dia, os sete dias da semana.

Veja agora como essas mães decidiram abrir o próprio negócio e conciliam maternidade e trabalho:

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Aryanne Maysa da Silva Nascimento, 34 anos, há dois anos, quando sua primeira filha tinha dois meses de nascida, antes de engravidar ela conta que trabalhava em uma financeira, mas já estava em busca de algo melhor, foi quando descobriu que estava grávida. Preocupada, por ver a situação das colegas que tinham filhos e trabalhavam, a jovem disse que não queria isso para ela. No entanto, até aquele momento, não pensava em trabalhar com doces.

Aryanne (Foto: Arquivo pessoal)

“Era um domingo, quando resolvi fazer uns cones para comer em casa mesmo, com a família, sem intenção de nada. Postei uma foto e a vizinha viu e falou que eu deveria fazer para vender, foi quando veio aquele ‘estalo’. Aproveitei que estava recebendo o auxílio da licença-maternidade e comprei o material, fiz e postei. Vendi tudo, foi sucesso, fiz pouco, pois não sabia como ia ser, mas como vi que vendeu bastante, continuei fazendo. Em fevereiro de 2020, era aniversário da minha sobrinha e ela me sugeriu fazer personalizado, mas nunca tinha feito nesse formato, só em E.V.A”, lembra.

A ideia de fazer, junto com os cones de chocolates, suspiros veio no baby chá da filha, que ela viu pirulitos de suspiros na internet e não encontrou na cidade ninguém que fizesse. Envolvida no mundo da confeitaria, resolveu então apostar na nova receita. No início, ela diz que teve gastos por não acertar o ponto, mas que investiu em cursos e material e foi aprimorando o trabalho.

“Com o tempo e treino fui me aperfeiçoando e melhorando. Nem sempre é fácil, principalmente com duas crianças pequenas, mas o que me dá forças para continuar são eles. Hoje pago minhas, compro roupas, fraldas, ajudo nas despesas de casa com meu esposo e não me vejo desistindo do suspiro, só se não tiver saída, mas por enquanto eu amo o que eu faço. Coloco meu coração em cada encomenda, faço como se eu fosse comprar. Cada uma é diferente, especial e por ser um trabalho manual, mesmo que pensam igual, sai diferente”, conta.

Depois de investir nos cones de chocolate e nos suspiros, foi a vez de acrescentar, no seu trabalho, o algodão doce, outro desafio para Aryana, mas que com dedicação ela conseguiu desenvolver prática e habilidade. Ela conta ainda com a ajuda de toda a família como rede de apoio para cuidar dos filhos, Ana Luísa, 2 anos e 6 meses, e Arthur Miguel, 2 meses, enquanto ela trabalha.
Aryanne tem uma página no Instagram onde, a @docurasdaana.ac, onde ela divulga todos os seus trabalhos.

Não diferente da doceira, Thais Pinheiro Asevedo, 34 anos, também optou por montar o próprio negócio em casa e trabalhou grávida, em comum essas duas mães tiveram que lutar contra os enjoos e sono do início da gestação, além de não se darem ao luxo da famosa licença-maternidade.

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Thaís tem duas filhas, Lívia e Yumi, 13 e 1 ano respectivamente, após concluir o curso de arquitetura e vendo o mercado de trabalho cada vez mais complicado, ela então resolveu apostar em um dom que adquiriu da mãe, o trabalho manual. Ela então criou sua página no Instagram, a @woodateliert, e começou a postar seus trabalhos como fabricação de caixinhas personalizadas e desenhos em canecas.

Thais (Foto: Arquivo pessoal)

“Já trabalhei como profissional CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), e nem de longe tenho a liberdade e a flexibilidade de horários como tenho hoje. Com a minha filha de 13 anos foi bem difícil, pois tive que voltar a trabalhar quando ela tinha somente 4 meses. Me partia o coração em ter que deixá-la em casa com a minha mãe, mas não tinha outra opção, eu era mãe solo. Isso me fez perder alguns momentos até quase seus dois anos, depois parei de trabalhar para estudar”, conta.

Thais conta que, após 12 anos e tantas reviravoltas, já formada e casada, resolveu ser mãe novamente. “Tudo muito diferente, e cada vez que olho para as minhas filhas do meu lado enquanto trabalho, tenho orgulho de tudo o que conquistei profissionalmente até aqui”, conclui.

Laiane Vandressa da Silva Souza, 28 anos, foi outra mãe que resolveu investir no próprio negócio quando o esposo saiu do trabalho e eles tinham três filhos para criarem.

Laiane (Foto: Arquivo pessoal)

“Nós precisávamos fazer algo, pois tínhamos três filho e eu não tinha opção de trabalhar fora. Primeiro que pela falta de oportunidade, muitas vezes fui atrás, mas quando sabem que a mulher tem filhos a entrevista toma outro rumo. Segundo que por conta da dificuldade de arrumar alguém de confiança para ficar com meus filhos é difícil e isso me motivou. Hoje, consigo conciliar entre cuidar das crianças, da casa e fazer minhas vendas”, disse.

A vendedora, que tem uma loja virtual chamada @laymodas_femenina, diz que iniciou as vendas com peças íntimas para amigos e familiares, mas que agora vende peças de roupas e tem sido grande a procura.

Mãe de Yasmim, 12, Paulo Henrique, 9, e Ana Paula, 5, no fim do ano passado ela passou pela pior dor que uma mãe pode passar, o que até chegou a desmotivar as vendas. Laiane engravidou pela quarta vez e com quase 30 semanas de gestação descobriu que seu filho tinha onfalocele (corresponde a uma má-formação da parede abdominal no bebê, que normalmente é identificada ainda durante a gravidez e que se caracteriza pela presença de órgãos, como intestino, fígado ou baço, fora da cavidade abdominal e recobertos por uma fina membrana). Como uma brava mãe, ela lutou como pode, fez de tudo, inclusive acionou a justiça para conseguir o Tratamento Fora de Domicílio (TFD), mas os mesmos profissionais que disseram que ela teria que viajar, pois no estado não teria suporte para seu bebê nascer, foram os mesmo que responderam que o bebê poderia nascer aqui.

Foto: Arquivo pessoal

O pequeno Yan nasceu no fim de setembro, passou por cirurgias, ficou em Unidade de Terapia Intensiva, e aos 11 dias de nascido não resistiu.

“É uma dor que eu não desejo para mãe nenhuma, perder um filho é como perder a vontade de viver. Vivo, hoje, pelos meus filhos, mas tem dias que a saudade é tão grande que eu sinto um aperto no peito. Mas sei que meu filho está nos braços de Deus e melhor que neste mundo. E sempre vou dizer que tenho quatro filhos, três vivos e um que virou anjo”, disse.

Cada mãe carrega consigo suas lutas, dores e nem elas sabem, de fato, até onde são capazes de ir por um filho. A verdade é que não existe uma receita ensinando a ser mãe, como filho não tem bula com instruções de como vai ser. Esse encontro de mãe e filho que acontece nessa vida, sem dúvidas é um encontro de almas no plano espiritual. “Pode uma mãe esquecer-se do filho que mama, de maneira que não se compadeça do filho de seu ventre? Mas ainda que algo tão difícil aconteça, diz o Senhor: Eu jamais me esquecerei de ti. (Isaías 49:15).

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