GERAL
Ícaro vai passar mais de uma década na prisão e Alan vai responder em semiaberto pela morte de Jonhliane
Ícaro José da Silva Pinto foi condenado a 10 anos e 10 meses de reclusão em regime inicialmente fechado, podendo recorrer da sentença, pela morte de Jonhliane Paiva de Souza, ocorrida em 6 de agosto de 2020. A vítima foi atropelada por Ícaro, que dirigia um carro modelo BMW 320i, enquanto o acusado estava bêbado. Ele foi condenado por homicídio doloso – quando há a intenção de matar, e também por estar embreagado e omitir socorro.
A sentença saiu no início da noite desta quinta-feira (19) e foi proferida pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar, Alesson Braz, que também condenou Alan Araújo da Silva, o motorista de um Fusca que estaria disputando um racha com Ícaro, quando ocorreu o acidente, o que foi desmentido pela defesa de Alan. Araújo foi condenado por homicídio simples, a 7 anos e 11 meses de reclusão em regime semiaberto. Ele usará tornozeleira eletrônica.
Além da condenação, Ícaro terá que pagar R$ 100 mil à família de Jonhliane, e Alan mais R$ 50 mil, totalizando R$ 150 mil por danos morais. Ícaro ainda terá que pagar, como pensão por morte, para a mãe de Jonhliane, Raimunda Paiva, R$ 977,77 de forma vitalícia. Alan terá que pagar R$ 488,88 de forma vitalícia a Raimunda.
Foram três dias de julgamento, nos quais as testemunhas e os acusados foram ouvidos e ocorreram debates entre a defesa, acusação e, no último dia, ocorreram as alegações do Ministério Público sustentando as acusações.
O crime chocou a sociedade acreana. Era manhã de 6 de agosto de 2020, quando Jonhliane estava indo ao trabalho e foi violentamente atropelada por Ícaro. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
A mulher, de 30 anos na época, estava pilotando uma motocicleta modelo Biz pela Avenida Antônio da Rocha Viana, em Rio Branco, que foi exibida no julgamento. No dia do acidente, Ícaro fugiu do local para não ser preso. Nem Alan parou para prestar ajuda.