RIO BRANCO
49% dos rio-branquenses consideram o serviço público de saúde péssimo, diz pesquisa
Uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio/AC), em parceria com o Instituto Data Control, entre os dias 14 e 16 de maio, avaliou a opinião de pelo menos 400 rio-branquenses quanto ao desempenho das políticas públicas relacionados à segurança, saúde e educação.
Em relação a atendimento de saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), 89% dos entrevistados disseram que são usuários. E desses, 49% avaliam o serviço como péssimo ou ruim, já 18% consideram bom ou ótimo, e 32% acham regular, 1% não respondeu.
O alto índice de rejeição e reflexo do grande número de reclamações da população aos veículos de comunicação, além dos que procuram a justiça, como a senhora Elizabeth Mourão, 35 anos, que relata só ter conseguido realizar procedimentos na saúde por ter buscado a defensoria.
“Descobri que meu filho tinha hérnia e estava aguardando ser chamada para avaliação. Fui na Fundhacre e descobri que o médico não atendia crianças há mais de quatro anos. Ele me deu um encaminhamento e aguardei por meses, até entrra na defensoria, logo apareceu a vaga. Depois deram resposta a defensoria que seria operado no primeiro trimestre do ano, mas só no segundo chamaram pra fazer os exames”.
Ao contrário de Elizabeth, que buscou outros meios, Vanessa Silva está há quase um ano aguardando pela realização de um exame de eletroencefalograma no filho, que tem crises de convulsões, e até hoje não conseguiu realizar.
“Não temos dinheiro para custear o valor do exame e já tentei fazer campanha, mas não deu certo. O jeito é aguardar e esperar que Deus mantenha meu filho”, finaliza.