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Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

A farmacêutica Moderna anunciou, nesta quarta-feira (8/6), os resultados preliminares dos testes realizados para avaliar sua nova versão de vacina contra o coronavírus, que foi desenvolvida em resposta à variante Ômicron. A expectativa é que o imunizante esteja disponível para aplicação em setembro.

Os resultados dos testes clínicos mostraram que, em comparação com uma dose de reforço da vacina atual, a nova formulação induziu oito vezes mais anticorpos contra a Ômicron.

De acordo com o comunicado da Moderna, a nova versão é uma vacina bivalente que inclui informações da cepa original do vírus. Isso significa que ela age contra o vírus original, a variante Ômicron e suas subvariantes.

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Atualmente as principais cepas em circulação são a BA.2, BA.4 e BA.5, todas oriundas da Ômicron, que apareceu em novembro de 2021 na África.

“Estamos enviando nossos dados preliminares e análises aos (órgãos) reguladores com a esperança de que o reforço bivalente contendo a Ômicron esteja disponível no final do verão (do Hemisfério Norte, inverno no Brasil)”, destacou o CEO da Moderna, Stéphane Bancel, em comunicado.

Resultados positivos

O laboratório é o primeiro a divulgar resultados sobre uma nova versão de vacina, embora a versão atual não seja utilizada no Brasil. Já a Pfizer/BioNTech, que desenvolveu um dos imunizantes utilizados no país, também estuda um reforço específico para a variante Ômicron, e espera ter dados em breve.

O estudo envolveu 437 participantes: um dos grupos recebeu a versão para a Ômicron como segunda dose de reforço (quarta dose) e a outra metade, uma aplicação da vacina original. A nova formulação foi bem tolerada em todos os voluntários, sem efeitos colaterais graves.

Segundo a Moderna, o número de anticorpos produzidos para as outras variantes de preocupação (VOC), como a Delta e a Alfa, também foi maior na versão mais recente do imunizante.

Em fevereiro de 2021, a Moderna já havia anunciado a estratégia de atualizar as vacinas para as novas mutações do Sars-CoV-2, assim como é feito anualmente com os imunizantes para a Influenza (gripe).

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