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“Atuação do crime na floresta está cada vez mais organizado e ganhando força”, diz liderança indígena do AC

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Foto: cedida

Com o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, os crimes ambientais na Amazônia voltaram a ganhar o noticiário. Esses cada vez mais comuns na região, como a exploração de madeira, o garimpo ilegal, a invasão de terras indígenas e o tráfico de animais.

Além disso, tem se tornado cada vez mais preocupante a atuação das principais facções criminosas estabelecendo laços com cartéis do tráfico de drogas que atuam na Colômbia e no Peru, este último, que faz divisa com o Acre.

Essa ação ameça os indígenas, segundo destacou Francisco PiyãKo, uma liderança do povo Ashaninka e ex-assessor da presidência da Funai entre 2011 e 2013, em entrevista ao site UOL.

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“Não é uma questão localizada. Nós temos uma região de fronteira que sofre muita pressão. E temos uma organização do crime bem maior que envolve várias frentes: narcotráfico, madeireiros, mineradores. Enfim, é uma organização criminosa muito grande. Quem tem a posição de defender a floresta, como a nossa, de defender a natureza e os povos, eles vão entender que somos ameaça para eles, para o negócio deles”, disse.

Sobre a morte de Dom e Bruno, o líder indígena também se manifestou em suas redes sociais: “Parece um pesadelo, parece que não está acontecendo. A gente imagina que isso tenha acontecido puramente por eles serem dois amigos da floresta, amigos dos povos indígenas. Temos a sensação de que estamos só. A gente percebe que o crime organizado e as frentes que tentam invadir os nossos territórios, se organizaram em coletivos para que de várias formas cheguem na nossa região. As nossas fronteiras estão desprotegidas!”, disse.

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