POLÍTICA
PSOL pode lançar candidatura ao Senado se não emplacar vice de Haddad
Insatisfeito com a resistência do PT em aceitar um vice do PSOL na chapa de Fernando Haddad ao governo de São Paulo, ganha força no partido a ideia de lançar uma candidatura “avulsa” da esquerda ao Senado, concorrendo com a de Márcio França (PSB). Para o PSOL, o aliado não tem retribuído o espaço que o partido considera merecer na aliança. Em prol do projeto de Haddad, o PSOL recuou da pré-candidatura ao governo de Guilherme Boulos, considerado uma figura de peso após ter chegado ao segundo turno da eleição à Prefeitura de São Paulo em 2020, deixando de fora da decisão um candidato do PT pela primeira vez na história.
O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, é o mais cotado para a vice, mas uma ala da sigla defende a ex-prefeita e deputada federal Luiza Erundina para o posto. Ventila-se também a opção de Natália Szermeta. O partido oficialmente diz não defender nomes específicos, e sim um espaço na chapa.
Com a decisão de França de abandonar a disputa ao governo paulista e sair candidato ao Senado, resta a dúvida sobre a vice do ex-prefeito de São Paulo. João Paulo Rillo, presidente estadual do PSOL, afirma que a federação PSOL-Rede tem “força política e representatividade” para ocupar um dos espaços majoritários na chapa. “Se isso não acontecer, nós lançaremos um candidato ao Senado” — afirmou ao GLOBO.
Marina Silva era a mais cotada para a vaga, mas a emergência em relação à situação da Rede na Câmara dos Deputados se impôs. Há esperanças de que a ex-senadora obtenha uma boa votação e ajude a manter a bancada federal, hoje de apenas dois deputados: Joênia Wapichana (RR) e Túlio Gadêlha (PE). A sigla não conseguiu superar a cláusula de barreira em 2018 e perdeu acesso ao fundo partidário. Hoje se sustenta de doações de filiados e a estrutura parlamentar de gabinetes como o da deputada estadual Marina Helou (SP). Eleger Marina deputada federal se tornou central nos planos de sobrevivência da Rede.
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Fonte: IG Política