SAÚDE
Falta de remédios é o principal problema de hospitais privados de SP
O principal problema enfrentado atualmente pelos hospitais privados de São Paulo está relacionado à disponibilidade de medicamentos. Dados da última pesquisa do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do estado de São Paulo (SindHosp), divulgados nesta sexta-feira, mostram que dipirona, soro e antibióticos são os remédios mais em falta nestes centros.
Meios de contraste para a realização de exames radiológicos, neostigmina, ocitocina, atropina, Dramin B6, anestésicos, imunoglobulina humana, soluções parenterais, aminoglicosídeos, aminofilina e broncodilatador também aparecem na lista.
Para 51% dos hospitais, o aumento de preços (20%) dos medicamentos é o principal problema enfrentando neste momento. Em seguida estão dificuldades na importação (12%) e a falta de medicamentos (19%). O levantamento foi realizado com 67 hospitais privados paulistas, no período de 1 a 14 de julho.
Aumento nos atendimentos
Nos últimos 15 dias, quase a metade (42%) dos serviços de urgência dos hospitais privados paulistas registrou aumento de até 20% de atendimentos, sendo 35% dos casos relacionados a pacientes com suspeita de Covid-19.
A Covid-19 responde por 35% dos atendimentos nas urgências, mas a maior parte (37%) dos pacientes apresentaram outras síndromes respiratórias e 21% dos casos estão relacionados a complicações por doenças crônicas e degenerativas como câncer, diabetes e hipertensão.
O tempo de espera nas urgências é de 1 hora em 45% dos serviços e de 2 a 3 horas para 40% deles.
Apesar do aumento dos atendimentos, houve um recuo das internações por Covid: 77% dos hospitais informam que até 5% dos pacientes atendidos na urgência com Covid foram internados, indicando provavelmente que a doença apresenta menor gravidade.
Os 67 hospitais pesquisados somam 2.661 leitos de UTI e 6.602 leitos clínicos. Destes, 31% são da capital e 69% do interior.
Segundo o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, a Covid-19 disputa espaço nos hospitais com outras síndromes respiratórias e não tem sido mais protagonista das internações hospitalares. “Mas é preciso cuidado. Continuar com as medidas sanitárias e importante que todos tomem o reforço da vacina antiCovid-19”, alerta em comunicado.
A pesquisa mostrou também que 95% dos hospitais privados paulistas estão com até 20% de ocupação dos leitos clínicos e de UTI. Nas internações clínicas, 65% dos hospitais informam que são pacientes na faixa etária de 30 a 50 anos enquanto revelam que na UTI os pacientes têm entre 51 e 59 anos. O tempo médio de internação em UTI para 49% dos hospitais é de 7 dias, sendo de 8 a 14 dias para 48% dos hospitais
Também houve aumento na internação de crianças: 66% dos hospitais apontam aumento da ocupação de leitos de UTI por crianças, sendo 51% dos casos relacionados a síndromes respiratórias não Covid, 23,5% casos pós-operatórios e 20,4% casos de Covid-19.
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Fonte: IG SAÚDE