POLÍTICA
Fachin rebate Bolsonaro e pede um ‘basta à desinformação’
Minutos após o presidente Jair Bolsonaro (PL) fazer uma apresentação para embaixadores com uma série de ataques ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas , o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, rebateu as acusações feitas pelo presidente e chamou o episódio desta segunda-feira de “encenação”.
Sem citar o nome de Bolsonaro, mas em um discurso bastante duro, que durou cerca de 40 minutos, Fachin disse que é preciso dar um ‘basta à desinformação e ao populismo autoritário”.
O presidente do TSE classificou a apresentação do presidente, que divulgou informações sobre um suposto ataque hacker às urnas, como uma tentativa de “sequestrar a ação comunicativa e sequestrar a opinião pública e a estabilidade política”.
“É muito grave a acusação de fraude, a acusação de má-fé, mais uma vez sem apresentar prova alguma”, afirmou Fachin, na abertura de um evento da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná.
Em seu discurso, Bolsonaro voltou a fazer acusações infundadas sobre a segurança e a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. Bolsonaro decidiu se encontrar com embaixadores depois que Fachin fez uma reunião com algumas representações e, segundo o presidente, ter atacado à presidência da República de forma indireta. Ele chegou a chamar a iniciativa do ministro de “estupro à democracia”.
“Não é o TSE que conta os votos, é uma empresa terceirizada. Acho que nem precisava continuar essa explanação aqui. Nós queremos obviamente, estamos lutando para apresentar uma saída para isso tudo. Nós queremos confiança e transparência no sistema eleitoral brasileiro”, disse o presidente.
Aos embaixadores, Bolsonaro falou com base em um inquérito aberto pela Polícia Federal em 2018, com autorização do STF, sobre a invasão de um hacker ao sistema do TSE. Ainda segundo o presidente, o voto impresso seria mais seguro que as urnas eletrônicas e somente dois países em todo o mundo usavam urnas eletrônicas. Fachin rebateu todas essas afirmações.
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Fonte: IG Política