Golpe do chifre falso aterroriza população acreana; entenda como funciona

Internautas entraram em contato com a redação do Na Hora da Notícia para relatar sobre um novo golpe que está se proliferando no Acre.

Funciona da seguinte forma: uma mulher bonita entra em contato com homens e começa uma conversa com indícios de futuro relacionamento amoroso. Com o passar dos dias, e depois de colher informações da vítima, a ‘namorada’ some e quem entra em contato é um homem avisando que a mulher é esposa de um faccionado e está no hospital após levar uma surra.

A partir de então, inicia-se uma chantagem contra a vítima, fotos e informações pessoais são fornecidas para tornar o golpe mais convincente.

Como forma de livrá-lo da ‘morte’, o chantagista pede uma quantia em dinheiro. Com medo, a vítima sede a chantagem e paga a quantia pedida.

Esse é um dos inúmeros golpes virtuais que bandidos criaram para extorquir dinheiro fácil.

A reportagem conversou com o delegado de Polícia Civil do Acre, José Adonias, que explicou como um indivíduo que seja vítima do golpe pode se prevenir. Segundo o delegado é necessário ter cuidado ao aceitar “amizades” virtuais; não iniciar qualquer relacionamento amoroso de forma virtual; marque encontros pessoais em locais públicos; nunca fazer fotos ou vídeos de conteúdo íntimo; jamais enviar imagens íntimas por WhatsApp ou qualquer outro meio da interne.

Adonias também ressalta o cuidado com as chamadas de vídeo com pessoas que você não conhece, pois o criminoso pode capturar a sua imagem e fazer mau uso. Além de não ceder as chantagens, pois a tendência é só piorar e se tornar um vício, no qual o golpista não irá parar com as ameaças.

“Ao receber uma ligação com esse conteúdo, ou seja, de alguém se passando por membro de facção criminosa e ameaçando invadir ou atear fogo no comércio caso não faça a transferência ou o PIX, NÃO SE APAVORE; informe a parentes e amigos próximos para que não caiam no golpe; informe à polícia o ocorrido”, orienta.

.Caso a pessoa se torne vítima desse golpe e efetue algum pagamento, o delegado pede que faça contato imediato com o banco e com o banco destinatário para tentar bloquear de forma administrativa o valor pago.

“Anote todos os meios de contato utilizados para conversar com o golpista, como números de telefones, URLs e nome das redes sociais. Tire print dos diálogos mantido com o golpista, separe todas as imagens recebidas e enviadas ao golpista, anote o dia, a hora e o local em que estava quando conversou com o golpista. Procure uma Delegacia de Polícia Civil levando os prints dos diálogos, a URL e o nome do perfil da rede social, os números de telefones do golpista, o comprovante de pagamento (depósito, PIX ou transferência comum), o aparelho celular utilizado para os diálogos com o golpista e registre um Boletim de Ocorrência”, conclui.