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GERAL

Tenho 31 anos e ainda sonho com carteira assinada, plano de saúde e INSS

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Dayse Rogers dos Santos, 31, ainda espera encontrar um emprego formal Imagem: Arquivo Pessoal

O trabalho com carteira assinada ainda continua sendo o sonho de muitos brasileiros. No segundo trimestre deste ano, foi atingida a marca de 39,3 milhões de pessoas no regime informal de trabalho. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios Contínua) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). É o maior número de trabalhadores sem carteira desde o quarto trimestre de 2015, quando o órgão começou a reunir os dados.

Desde 2018 sem carteira assinada, a empreendedora Dayse Rogers dos Santos, 31, ainda espera encontrar um emprego formal “com plano de saúde, vale-refeição, INSS e tudo mais corretinho”, disse ao UOL.

Enquanto a vaga não aparece, ela se dedica exclusivamente à loja virtual de bijuterias que mantém desde setembro de 2020, com pouco mais de 7.000 seguidores no Instagram.

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Dayse conta que antes trabalhou como modelo para feiras no Rio de Janeiro e como recepcionista, mas foi demitida pela empresa.

“Quando saí desse emprego, eu comecei a fazer eventos de moda, me oferecia para fotografar com roupas e outras peças. Fiquei fazendo isso até início de 2020, quando veio a pandemia. Com todo mundo em casa, passei a comprar peças de aço e a trabalhar para mim mesma, fazendo pulseira, cordões e fotografando”.

O Espaço Dayse Rogers já garante uma renda superior ao que a empreendedora conseguia antes, quando trabalhava para terceiros. Mesmo assim, ela avalia que vale a pena ainda buscar um trabalho de carteira assinada.

“Seria bom ter um trabalho em paralelo, poder contar com plano de saúde, vale-refeição, os saques do fundo de garantia, mas enquanto não der, eu vou me dedicando somente à loja”, disse ao UOL.

 

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