RIO BRANCO
No Acre, número de eleitores sem biometria equivale à população de Feijó e Plácido de Castro
O Acre tem o 12º maior contingente de eleitores que poderão votar usando biometria em 2022. Dos 588.433 aptos ao voto nestas eleições, 532.868 o poderão fazê-lo por biometria, sistema que verifica eletronicamente as impressões digitais do eleitor e, em seguida, libera a urna para votação.
Por outro lado, o contingente que não fez a biometria chega 55.565 eleitores, praticamente a soma da população de duas importantes cidades do Acre, Plácido de Castro, com 20.147 moradores, e Feijó (34.986 habitantes). O número representa 9,44% do total de eleitores.
No Pais de 118 milhões de brasileiros poderão votar nas eleições deste ano por meio do cadastro biométrico. O número representa 75,52% do total de cidadãos aptos a votar nas eleições de outubro.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a principal vantagem da biometria é a segurança na identificação do eleitor, impedindo que uma pessoa vote no lugar de outra. O tribunal, no entanto, projeta que o cadastramento biométrico de 100% do eleitorado só deve ocorrer em 2026, uma vez que a coleta de digitais após as eleições de 2020 acabou suspensa em razão da pandemia de Covid-19.
Do total de 5.571 municípios do País, 4510 já estão aptos a identificar eleitores pelo sistema de digitais, 243 ainda não iniciaram a coleta dos dados e 998 começaram mas não concluíram o cadastramento dos eleitores.
Na região Sudeste, que concentra os maiores colégios eleitorais do País, é onde se encontram os estados mais atrasados na coleta dos dados biométricos. Em Minas Gerais, apenas 51% dos eleitores possuem a biometria cadastrada.
Espírito Santo (54%), Rio de Janeiro (57%) e São Paulo (67%) estão um pouco mais adiantados, mas ainda assim bem atrás de estados do Nordeste, como Sergipe, Paraíba e Alagoas, que já cadastraram as digitais de 94% dos seus eleitores.
Dos brasileiros aptos a votar nas 181 seções espalhadas no exterior, apenas 19% concluíram o processo de cadastramento biométrico.
Na prática, os cerca de 38 milhões de brasileiros que ainda não puderam registrar suas digitais na Justiça Eleitoral deverão votar pelo método tradicional, que envolve o trabalho dos mesários na conferência do documento de identificação oficial com foto e na preparação da urna para receber o voto.