Candidatos à Presidência da República usaram as redes sociais, nesta sexta-feira (9/9), para publicar mensagens de repúdio ao assassinato de um eleitor do ex-presidente Lula (PT). A suspeita é de que ele tenha sido morto por um bolsonarista. O caso ocorreu em Mato Grosso.
Benedito Cardoso dos Santos, 42 anos, foi morto na manhã da última quinta-feira (8/9). O acusado é Rafael Silva de Oliveira, 24. Os dois eram colegas de serviço e tiveram discussão política enquanto fumavam cigarro. Segundo a polícia, após o desentendimento, Rafael deu 17 facadas em Benedito.
Lula disse, no Twitter, que a morte do eleitor é resultado da “intolerância”.
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“É com muita tristeza que soube da notícia do assassinato de Benedito Cardoso dos Santos, na zona Rural de Confresa. O Brasil não merece o ódio que se instaurou neste país. Meus sentimentos à família e aos amigos de Benedito”, escreveu.
Em postagem, Ciro Gomes (PDT) se refere a Benedito como “vítima da guerra fratricida”.
“Mais uma vítima da guerra fratricida, semeada por uma polarização irracional e odienta que pode inundar de sangue o nosso solo. Abaixo a violência política. O Brasil quer paz!”, diz o post.
Simone Tebet (MDB) também condenou o caso. A emedebista frisou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) precisa clamar por paz e união.
“A incitação ao ódio leva à violência, que faz mais uma vítima. Chega de briga! Chega de divisão! Enquanto eles separam o Brasil, nós vamos uni-lo com amor e coragem”, publicou a presidenciável.
A candidata Soraya Thronicke (União Brasil) disse que o país está “regredindo de mãos dadas com a barbárie”. “Tem gente morrendo no Brasil por causa de adversidade política e partidária.”
“Numa democracia real, divergências políticas são resolvidas com diálogo e respeito. Não é o que temos visto no Brasil, infelizmente. E quando a política é tomada pela violência, significa que caminhamos rumo à barbárie. Lamento o crime brutal ocorrido em Mato Grosso”, escreveu Felipe D’Avila (Novo).
O caso
O conflito teria começado na quarta-feira (7/9), quando o bolsonarista e o eleitor de Lula estavam fumando cigarro. Eles iniciaram uma conversa sobre política e acabaram se desentendendo.
Em seguida, os dois deram início a uma briga física e, em certo momento, Rafael esfaqueou Benedito. Logo depois, ele ainda tentou decapitar a vítima com um machado.
O delegado Higo Rafael, que atua no caso, disse ao Metrópoles que a vítima levou 15 facadas na testa. O homem ainda foi ferido nas costas e no olho. O suspeito acabou sendo preso após confessar o crime.
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