Pais denunciam possíveis maus-tratos e ameaça de massacre em colégio militar em Rio Branco

Um grupo de pais procurou a reportagem do Na Hora da Notícia para relatar que seus filhos estão sofrendo tratamentos abusivos dentro da escola militar Dom Pedro II, localizada no Loteamento Santo Afonso, na região do Segundo Distrito de Rio Branco (AC).

Segundo os pais, os alunos estão sendo tratados como soldados, onde os abusos vão desde a agressão física, onde alunos são segurados pelo braço de forma abrupta, até xingamentos ofensivos.

Outra situação que preocupa os responsáveis é a ameaça de massacre que foi deixada no banheiro feminino da escola com um aviso que no dia 19 de setembro um massacre seria realizado na unidade.

Os pais garantem que irão formalizar uma denúncia na corregedoria do Corpo de Bombeiros para que seja realizada uma apuração dos casos.

A equipe de reportagem entrou em contato o diretor do colégio, o tenente-coronel V. Fernandes, para saber qual o posicionamento da gestão. Ele informou que são mais de 1000 alunos e que sempre procura apurar quando recebe alguma reclamação, mas que desconhece que algum dos monitores estejam tratando os alunos como soldados, mas afirmou que o tratamento com os estudantes da escola é bem diferente dos alunos da rede pública comum.

Sobre a possível ameaça de massacre ele afirmou ainda que, “houve uma mensagem no mês passado, dentro do banheiro das meninas, que falava sobre isso. Tomamos as medidas de segurança necessária, deixamos nossos monitores, professores e funcionários atentos e estamos investigando”, concluiu.

Para Ivone Sousa, mãe de uma aluna que estuda há quatro anos na instituição, o que existe é que alguns pais, que são acostumados a tratar os filhos com melindres, vão reclamar do colégio militar, pois lá existe ordem e regras.

“Minha filha estuda há quatro anos lá e nunca passou por nada que fosse preciso denunciar. Disciplina é claro que tem, tanto é que é por isso que ele é diferenciado dos outros. Se eu tivesse dez filhos, queria os dez estudado em escola militar. Quando matriculamos nossos filhos recebemos um documento explicando como funcionam as regras da escola então não tem motivo de reclamar”, destacou.