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Caixão de Elizabeth II: saiba como se preservou o corpo da rainha por tantos dias
A preservação do corpo da rainha pode ser explicada a partir de alguns fatores. O primeiro deles é o caixão em que a monarca vêm sendo transportada e será sepultada.
De acordo com o jornal The Times, a peça fabricada há mais de 30 anos foi feita de carvalho inglês e forrada com chumbo, permitindo um fechamento hermético. A combinação de materiais, segundo especialistas, ajuda a retardar o processo de decomposição.
“É para preservar o corpo o máximo possível, é realmente sobre desacelerar o processo de decomposição”, explicou Sarah Hayes, gerente do museu Coffin Works de Birmingham, a Associated Press. Segundo Hayes, várias autoridades políticas e da família real britânica foram sepultadas em caixões do mesmo material, como o príncipe Philip, a princesa Diana e o ex-premiê Winston Churchill.
A forma como o corpo vem sendo transportado também é fundamental para atrasar a decomposição. Desde que a rainha foi retirada do Castelo de Balmoral, na Escócia, o caixão está fechado. Graças ao fechamento hermético, não há troca de gases e nem a entrada de umidade, o que dificulta a reprodução de micro-organismos que contribuem para a decomposição do corpo.
Rainha foi embalsamada?
Apesar de haver precedentes históricos de monarcas ingleses que tiveram seus corpos embalsamados para manterem seus corpos preservados por mais tempo – inclusive para permitir eventos fúnebres com caixão aberto -, não há nenhuma informação de que a rainha Elizabeth II tenha optado por ser embalsamada.
Ao longo da História da monarquia inglesa, a adesão à técnica teve altos e baixos. De acordo com o The Daily Star, uma rainha que optou pelo embalsamamento foi Elizabeth I, em 1603, cujo corpo teria ficado guardado por três semanas no Palácio de Whitehall antes de ser sepultado.
Ainda de acordo com a publicação britânica, um relato envolvendo o embalsamamento da primeira Elizabeth teria sido decisivo para a rainha Vitória evitar o processo.
Quase 400 anos depois da morte de Elizabeth I, a rainha Vitória teria lido relatos escritos pela dama de honra da antiga monarca, lady Elizabeth Southwell. Segundo ela, seis mulheres vigiavam o caixão de Elizabeth à noite quando ouviram um barulho alto vindo do caixão – que seria do corpo e da cabeça da monarca explodindo devido ao acúmulo de gases.
“Possivelmente depois de ler um conto tão sombrio quase 400 anos depois, a rainha Vitória foi inflexível que não queria ser embalsamada”, escreveu o jornal britânico./ com AP e AFP.