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POLÍCIA

Menina é deixada pelo pai em boca de fumo em troca de drogas e é estuprada

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A menina foi ouvida por psicóloga. — Foto: Cristiano Arruda

Em novo depoimento à Polícia Civil, uma menina, de 12 anos, revelou ter sido deixada em uma boca de fumo pelo próprio pai em troca de drogas e estuprada por um adolescente. A atual versão se difere da primeira, em que a vítima havia dito ter sido deixada pela madrasta no ponto de venda de drogas, no bairro Los Angeles, em Campo Grande.

Os relatos do depoimento da vítima foram repassados ao g1 pela delegada que investiga o caso, Daniela Kades. O novo relato da menina e as informações apuradas pela vítima confirmam que o pai da garota a utilizou como “moeda de troca” para comprar drogas.

Conforme o depoimento da menina, o pai a deixou na boca de fumo e foi embora sem a filha. Depois de horas, o homem teria voltada para buscar mais drogas, foi quando a vítima implorou para ir embora.

De acordo com as informações obtidas pela delegada, pai e mãe são usuários de droga. Após o crime sexual, a guarda provisória da menina passou a ser de uma vizinha. A Vara de Infância e Adolescência proibiu o pai e a madrasta de chegarem perto da menina.

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De acordo com a delegada, outros dois adolescentes que estavam no lugar não participaram da violência sexual embora tenham ouvido os gritos por socorro da garota.

Abuso sexual

O abuso sexual foi confirmado por exame pericial. Além da confirmação médica, um adolescente de 17 anos confessou ter cometido o crime. O rapaz já está apreendido em uma Unidade Educacional de Internação (Unei), em Campo Grande.

O adolescente vai responder por ato infracional análogo ao estupro. Já o pai da vítima deve responder por maus-tratos e ainda estupro, dependendo da decisão das autoridades ao longo das investigações.

O caso é investigado em duas unidades policiais, a Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij), responsável por atuar em relação a adolescentes infratores, e também na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), à qual cabe atuar contra adultos que cometem crimes envolvendo menores de 18 anos.

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