POLÍCIA
Procurado pela morte de médico acreano espancado no Pará é preso
Ernandi Perreira dos Santos, de 24 anos, que era procurado pela morte do médico acreano Jailson de Amorim Mariano, de 31 anos, que foi espancado a pauladas na Zona Rural de Macapá, em 24 de julho, foi preso pela Polícia Civil paraense. O homem estava escondido em Afuá, no interior do Pará.
Após a morte, a família de Jailson criou uma vaquinha virtual com o objetivo de custear as despesas do translado e funeral. Ele foi enterrado em Brasileia e deixou uma filha de cinco anos.
A prisão preventiva do suspeito foi solicitada em 29 de julho após a polícia anunciar que investigava o caso como tentativa de homicídio. Um dia após, a vítima, que permaneceu internada durante uma semana, não resistiu aos ferimentos e morreu na UTI do Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal), em 30 de julho.
Ao g1 do Pará, o delegado Wellington Ferraz disse que Ernandi fugiu após saber que era procurado pela polícia e se escondeu em uma casa num rio de difícil acesso, o que teria atrasado as buscas.
“Ele estava dormindo, foi surpreendido ali. Acredito que nem no pior pesadelo ele ia pensar que a polícia ia chegar nesse local e nós chegamos. É uma prisão que foge do normal aqui dentro de Macapá, mas que a gente entende que é fundamental, com a tese de que não há limites para que se capture criminosos”, disse o delegado.
O suspeito foi preso por volta das 3h da manhã desta segunda. Ele estava escondido em residência com o apoio de um irmão, lá a polícia encontrou uma espingarda e munições.
Relembre o caso
Conforme testemunhas, o médico Jailson de Amorim Mariano, de 31 anos, estava com a família desembarcando no balneário do distrito de Lontra da Pedreira, para ir embora para casa, quando um homem apareceu alterado.
Esse homem teria tentado agredir o cunhado de Jailson, que revidou com um empurrão que o fez cair. Então teria se iniciado a confusão generalizada, resultando nas agressões a pauladas no médico. Além dele, outros familiares também foram feridos por outras pessoas.
Foram os próprios parentes que socorreram Jailson até o Hospital de Emergências (HE) de Macapá, para que ele recebesse atendimento médico. Ele estava inconsciente e com traumatismo.
A vítima foi transferida em estado grave para a UTI do Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal). Era nesta unidade de saúde que o médico trabalhava.
Os familiares alegam que a vítima e os agressores não se conheciam.
A Polícia Militar informou via Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes) que soube do caso por redes sociais e encaminhou equipe ao local, no entanto a vítima não foi localizada no local nem outras testemunhas.
Morte
A vítima permaneceu internada durante uma semana mas não resistiu aos ferimentos e morreu na UTI do Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal), em 30 de julho.
A família do médico registrou boletim de ocorrência e a Polícia Civil informou que investigava o espancamento por tentativa de homicídio.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Amapá (CRM-AP) lamentou a morte do médico e destacou que em pouco tempo de atuação, era muito querido entre os pacientes e colegas.
Com informações do g1 Pará.