Passageiros de um ônibus que trafegava pela BR-364 foram coagidos a assinar uma petição para “intervenção federal”. O caso foi relatado por um dos passageiros em um vídeo publicado em redes sociais na tarde desta quinta-feira (3).
A abordagem aconteceu em um dos bloqueios ilegais que persistem nas rodovias federais do estado – esse no município de Vilhena (RO). No vídeo é possível ver manifestantes com uma prancheta pedindo assinaturas de quem estava no ônibus.
Após três passageiros se recusarem a assinar, foram informados de que sem essas assinaturas o ônibus ficaria parado na barreira por seis horas.
Nas imagens também é possível ver manifestantes reunidos ao redor do ônibus, além de um congestionamento de veículos.
O ônibus, que seguia viagem para Cuiabá (MT), ficou parado na barreira por pelo menos 3 horas antes de ser liberado.
PRF vai utilizar ‘intensiva força policial’
Nesta quinta-feira (3), a PRF informou que vai utilizar “intensiva força policial” para desobstruir as rodovias do estado. Isso porque, mesmo cientes das possibilidades de serem multados e também do posicionamento do atual presidente Jair Bolsonaro contra os bloqueios, os manifestantes continuam “restringindo o direito de ir e vir da população”.
A polícia aponta ainda sobre o “risco real” de desabastecimento de produtos essenciais, causado pelos bloqueios ilegais. Como exemplo: combustível, insumos médicos e alimentos.
“A Polícia Rodoviária Federal optou pelo diálogo, estratégia maior na área de gestão de crise. Conseguimos desobstruir quase uma dezena de pontos de bloqueio sem os registros de conflitos ou intercorrências, porém, este modo de ação exauriu seus efeitos”, informou em nota.
Início das manifestações
As primeiras manifestações em Rondônia tiveram início na noite do domingo (30), logo após o resultado das eleições que declarou Lula como novo presidente do Brasil.
Os manifestantes atearam fogo em barris e pneus, descarregaram terra nas BRs para bloquear e utilizaram veículos para impedir a travessia. São liberados a trafegar somente os veículos de emergência, como ambulâncias.