POLÍTICA
O objetivo de Valdemar ao lançar um candidato do PL para presidência do Senado
O PL definiu que vai lançar a candidatura de Rogério Marinho à presidência do Senado na próxima quarta-feira (7), na reunião da bancada do partido. Como informou a colunista Malu Gaspar, o próprio Bolsonaro se envolveu diretamente na articulação em torno do nome do senador eleito pelo Rio Grande do Norte.
Os parlamentares mais experientes da legenda, porém, não acreditam que a candidatura de Marinho tenha grandes chances de prosperar, mas veem um motivo para o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, insistir nela: criar dificuldade para vender facilidade.
Aliados de primeira ordem do presidente do partido afirmam que seu objetivo é aumentar o cacife do PL e seu poder de barganha junto ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para retirar a sigla da disputa.
A relação entre Pacheco, que tenta reeleição com o apoio de Lula, e Valdemar é amistosa. Integrantes da cúpula do PL avaliam que o presidente do partido “não fará um cavalo de batalha para eleger Rogério Marinho”.
A assessoria de imprensa do PL enviou um comunicado à coluna no qual diz que Valdemar Costa Neto nega que o lançamento da candidatura de Marinho visa “criar dificuldade para vender facilidade”.
“O PL elegeu a maior bancada no Senado Federal, portanto, é natural e legítimo que o partido pleiteie a presidência da Casa. O presidente do partido, Valdemar Costa Neto, apoia a decisão que a bancada no Senado tomar em torno do nome que for escolhido na reunião de quarta que vem, dia 7, para disputar o cargo. Valdemar é conhecido por ser um homem de palavra e, principalmente, por apoiar firmemente os nomes do PL eventualmente lançados nas disputas pelos cargos no Congresso”, diz o texto.