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POLÍCIA

Acre já registrou quatro óbitos por meningite, especialista explica a doença, seus sintomas e forma de prevenção

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No Acre, de 1º de janeiro a 1º de dezembro de 2022, foram notificados 67 suspeitos de meningite, sendo desses 13 confirmados e dos conformados quatro pacientes foram a óbito, os dados são da Secretaria de Saúde (Sesacre). Dos óbitos, um foi por meningite fúngica e três por meningite viral.

Os dados da Sesacre apontam ainda que a taxa de letalidade encontra-se em 30,7%, representado um aumento de 19,6% em relação a 2021.

A reportagem do Na Hora da Notícia conversou com o médico pediatra Guilherme Pulici, que tem especialidade em Alergologia e Imunologia Clínica, que explicou sobre a doença, seus sintomas e o modo de prevenção.

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Pulici inicia explicando que a meningite é uma doença que afeta a meninge, que é a membrana que recobre o sistema nervoso central e que com a inflamação das meninges causada pela infecção, seja por vírus, bactérias ou fungos o paciente passa a apresentar dor de cabeça, náuseas, vômitos e em casos mais avançados pode ter convulsões e sintomas focais como paralisia, formigamento entre outros.

Foto: Arquivo pessoal

“É uma doença que apresenta, além da dor de cabeça, febre e a transmissão ocorre da mesma maneira da gripe e covid, através de superfícies contaminadas, tosse, alimentos contaminados. A maneira de prevenir é sempre mantendo a boa higiene das mãos, as medidas de etiquetas respiratórias e, claro, vacinação. Existem várias vacinas que protegem contra a meningite, o SUS fornece algumas delas como, por exemplo, a proteção contra a meningite do tipo C, a haemophilus, que é dada aos dois, quatro e seis meses de vida, depois reforçada com um ano e um ano e três meses, e a pneumocócicas”, explica.

Além disso, o profissional destaca que existem vacinas que não constam no calendário do Ministério da Saúde como a vacina contra a meningite do tipo B e a ACWY, e que podem ser encontradas na rede privada.

O especialista alerta para outros agentes que não tem vacina e que podem causar a infecção e que mesmo vacinado, e de forma rara, pode o paciente por algum problema imunológico se contaminar e manifestar a doença.

“Lembro aqui que tanto a meningocócica B, haemophilus, pneumocócica todas essas são bactérias, porque a meningite bacteriana costuma causar um quadro muito mais grave, como do da criança que está internada na UTI do Hospital da Criança. As meningites virais são mais brandas, mas também podem ser igualmente fatais em alguns casos”.

Pulici reforça que se imunizar contra gripe, Covid-19 e outros vírus podem proteger da meningite causada por esses agentes. “A influenza que causa a gripe, eventualmente pode causar meningite também, assim como o próprio Covid. Existem casos raros, mas podem causar. E uma das complicações da meningite é o edema cerebral, que é o inchaço, convulsões, sequelas definitivas e em casos mais graves até morte”, finaliza.

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