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POLÍCIA

Jovem que matou 4 em escola no ES cumprirá até 3 anos de internação

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O assassino que matou quatro pessoas e feriu outras 12 em ataque a duas escolas em Aracruz (ES) irá cumprir até três anos de internação. Esse é o tempo limite estabelecido por lei como medida socioeducativa para adolescentes. A sentença foi proferida nesta quarta-feira (7/12) pelo juiz da Vara da Infância e Juventude de Aracruz, Felipe Leitão.

O adolescente de 16 anos confessou os crimes e está internado em uma unidade do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), em Cariacica, na Região Metropolitana de Vitória (ES), desde o ataque.

O ataque a duas escolas já causou quatro mortes. Três das 12 pessoas feridas ainda estão hospitalizadas, duas professoras e uma criança, que foi baleada na cabeça.

Foi com a arma do pai, uma pistola .40, que o adolescente abriu fogo nos dois centros de ensino. Ele também portava um revólver calibre .38 e usou o carro do pai para chegar aos locais e fugir, sempre com a placa coberta.

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O adolescente invadiu a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti, da qual era aluno no turno vespertino até junho deste ano, e a escola particular Centro Educacional Praia de Coqueiral, antes conhecida como Colégio Darwin.

O assassino fazia tratamento psiquiátrico, mas não se sabe se usava medicamentos.

Ataque planejado

O atentado foi planejado por, pelo menos, dois anos. O delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, Darey Arruda, afirmou que o suspeito não tinha alvo definido. “Essas pessoas costumam ficar isoladas e se juntar a grupos extremistas”, explicou.

Após o ataque, ele voltou para casa, deixou o veículo e saiu. Ele foi encontrado em uma outra residência da família, no mesmo município. “Ele confessou o crime à Polícia Civil, mostrou as roupas, as armas e como tudo foi feito”, afirmou o superintendente João Francisco Filho.

Segundo as autoridades, o jovem ficou calmo durante todo o processo. Os pais, em contrapartida, “estavam destruídos” e colaboraram com a corporação.

Vítimas

O ataque armado deixou quatro pessoas mortas: as professoras Flávia Amoss Merçon Leonardo, 38 anos; Cybelle Passos Bezerra Lara, 45; e Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, 48; além da estudante Selena Sagrillo Zucoloto, 12.

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