Militares ucranianos atacaram o próprio território para investirem contra tropas russas. Desde a noite de sábado (10/12), segundo veículos de imprensa do país, bombardeios seguidos foram registrados em Melitopol, que está ocupada pelos invasores desde março. Segundo o prefeito da cidade, Ivan Fedorov, pelo menos 200 russos foram mortos ou feridos.
“Segundo informações preliminares, o prédio da Igreja Cristã de Melitopol, que os ocupantes tomaram há alguns meses e transformaram em seu esconderijo para reuniões, está em chamas”, comunicou o político, que está exilado fora da cidade.
O prefeito também afirmou que os soldados russos que sobreviveram ao ataque foram levados aos hospitais da região. Segundo Federov, alguns militares de Vladmir Putin estariam tentando subornar a população residente de Melitopol com passaportes e rublos (moeda russa).
O representante da Rússia que lidera a ocupação, Evgeny Balitsky, desmentiu as informações de Fedorov. “Duas pessoas morreram e dez ficaram feridas na tragédia. Três precisaram de internação, agora estão internados em uma instituição médica e recebem toda a assistência necessária”, disse Balitsky, em sua rede social.
“Agradeço a todos aqueles que não são indiferentes que ofereceram ajuda, se interessaram em como ajudar as vítimas, como ajudar financeiramente ou doar sangue. Quero assegurar-vos que toda a assistência necessária está a ser prestada às vítimas, temos recurso para o seu tratamento. As melhores clínicas da Rússia, se necessário, os aceitarão, e o governo da região de Zaporozhye fornecerá toda a assistência possível”, completou Evgeny Balitsky.
Ocupação e sequestro
Melitopol foi uma das primeiras cidades ucranianas a serem ocupadas pelas tropas russas desde que a guerra foi iniciada, em fevereiro deste ano. Já nos primeiros dias, Kherson, Melitopol, Berdyansk, Donetsk e Luhansk foram tomadas pelos russos.
Ainda m março, o prefeito Ivan Fedorov chegou a ser sequestrado pelas tropas inimigas, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia. “O sequestro do prefeito de Melitopol é classificado como crime de guerra sob as Convenções de Genebra e o Protocolo de Emenda, que proíbem a tomada de reféns civis durante a guerra”, disse o governo ucraniano na ocasião.
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