Apesar de o crime ter ocorrido em 30 de dezembro de 2018, a Justiça decretou a prisão preventiva de Bruno Nogueira de Oliveira somente no último dia 8, quase quatro anos após o crime.
Em depoimento à Polícia Civil, à época, Oliveira admitiu ter molestado a filha, alegando que estava sob o efeito de drogas. A defesa dele não havia sido localizada até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.
A vítima teria sido vítima de abusos cometidos pelo pai desde quando tinha 9 anos de idade, de acordo com a polícia. Atualmente, a garota tem 13 anos
Continua depois da publicidade
O caso veio à tona após a menina afirmar para uma prima, pouco antes de elas irem ao aniversário de um tio, em 3 de janeiro de 2020, que nesse mesmo dia o pai teria molestado-a dentro do banheiro de casa.
Após o crime, que o suspeito teria dito à vítima ser uma “brincadeira”, ele a orientou para “não contar a ninguém” sobre o que havia acontecido, como consta no depoimento da prima ao 51º DP (Itaim Paulista).
A parente informou à mãe da criança sobre o relato, logo em seguida. A mulher e o estoquista estavam separados há cerca de seis meses na ocasião. Por causa disso, a criança chegou a passar alguns dias com o pai. Durante as visitas, ele teria abusado da criança outras vezes.
Também em depoimento à polícia, em 2020, o Oliveira admitiu ter praticado “atos libidinosos” contra a filha, ressaltando ainda que “não praticou conjunção carnal.”
Ele acrescentou ter tocado nas partes íntimas da menina, além de praticar sexo oral, “quatro ou cinco vezes”, conforme registrado pela polícia. “O motivo pelo qual praticou tais condutas foi pelo fato de estar sob efeito de drogas”, argumentou o homem na ocasião. Apesar da confissão, ele não foi detido, pelo fato de o crime não ter ocorrido em flagrante.
A prisão dele foi decretada no último dia 8 de dezembro, pela juíza Tatiane Moreira Lima, da 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Continua depois da publicidade
O mandado foi cumprido, nessa terça, por policiais da Divisão de Capturas do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), também na capital paulista.